Opinião

A história do desporto é, também, a história da luta de classes. As competições desportivas de massas foram sempre um território de conflitos sociais e, por isso mesmo, um palco inevitável para a afirmação inequívoca das comunidades.

As medidas do Governo são uma opção ideológica clara de classe, ao serviço da reprodução dos interesses da especulação imobiliária, da banca, dos grandes grupos do complexo turístico-imobiliário-financeiro e de quem lucra com a crise da habitação.

A tese é que só com o 25 de Novembro de 1975 se realizaram eleições «livres e democráticas». Mas não é verdade. E não se trata sequer de uma questão de opinião. É um facto, daqueles que se pode fingir ignorar, mas não negar a existência.

Fingirão estar acima da política, mas isso apenas desiludirá as pessoas com a democracia e mergulhará o país numa crise de longo prazo. Uma nova primeira-ministra não resolverá os problemas do Nepal.

Netanyahu pertence àquela classe de políticos «fora da lei» para quem a Carta das Nações Unidas, o direito internacional, a democracia e os direitos humanos são letra morta. É com base neste postulado que considerou o secretário-geral da ONU persona non grata no Estado de Israel. 

O que nenhum Estado da União Europeia fez, e muito menos a sua triste Comissão, foi protestar ou retaliar uma medida unilateral dos EUA que é tão claramente dirigida contra a sua economia.

A Amadora foi o primeiro município criado após o 25 de Abril de 1974. Quem não conhece a nossa história acha que vem aqui apenas para «limpar». Mas cuidado: podem acabar como lixo das suas supostas limpezas.

Se a preocupação dos nossos governos fosse outra, equivalente à que nós sentimos, há muito que as acções genocidas sionistas teriam sido travadas e existiria o Estado viável a que os palestinianos têm direito.

Rogério Ribeiro no Museu do Neorrealismo, Carla Filipe na Fundação Carmona e Costa, Pedro Cabrita Reis em Monsaraz e em Reguengos de Monsaraz e Noé Sendas no Centro Cultural de Lagos.

O caso do cartel da banca, agora perdoado das coimas que devia pagar por se ter provado a prática de cartelização e combinação de preços, é bastante ilustrativo de como o Estado se coloca, em diversos momentos e de variadas formas, ao serviço dos grandes grupos económicos. 

De há muito que os lisboetas se habituaram a ver a situação degradante das escadas rolantes e elevadores do Metropolitano de Lisboa. O que não suspeitavam é que uma degradação similar pudesse estar a acontecer nos elevadores da Carris. Até à tragédia de ontem.

A administração norte-americana acusou Nicolás Maduro de ser o líder do Cartel de los Soles, uma fantasia criada para justificar mais uma agressão à Venezuela com um único objectivo: as maiores reservas de petróleo do mundo.

Este A Economia Política do Antifascismo, que será apresentado na Festa do Avante!, traz-nos um sinal de esperança e convoca-nos para um combate, oferecendo uma base substantiva e um discurso humanista a que dificilmente podemos ser alheios.

No essencial, a estratégia portuária 2025-2035 é o recompilar de projectos que se arrastam, de intenções vagas e da renovação de concessões, exagerando todas os impactos expectáveis. É, basicamente, propaganda para as autárquicas.

Será preciso dizer algo de novo sobre os incêndios florestais deste Verão de 2025, dizer algo que não tenha já sido dito a propósito de outros verões de fogo na floresta portuguesa?

A Cova da Moura é a prova viva de que o progresso só acontece quando o povo resiste e constrói com as suas próprias mãos. Não aceitaremos que Suzana Garcia, nem os fundos imobiliários, nem qualquer projeto reacionário apaguem a nossa história e a nossa presença.

A preocupação dos professores pelo fim do Plano Nacional de Leitura é justa, mas não surpreendeu ninguém. A destruição da escola pública, a desvalorização da cultura, do seu elemento emancipador, tem sido alvo de fortes ataques há décadas.

É uma política criminosa, um verdadeiro genocídio social do mundo rural, que se traduz na destruição anual de milhares de hectares, no empobrecimento das populações e na perda irreversível do nosso património natural.

Assistiremos aos desfiles festivos dos membros da classe política governante para pedinchar votos até em lugares de que nem querem saber os nomes, prometendo para ontem a solução dos problemas dos incêndios, ao mesmo tempo que se vangloriam da abolição de cobranças que já nem existem.

A queda de Assad e os recentes ataques de Israel à Síria envolvem também um complexo conflito relacionado com a produção de anfetaminas no sul do país.

Para alguns patetas sempre dispostos a prostrarem-se aos pés dos ricos, dos milionários, do grande capital, o facto de duas multinacionais pertencentes a dois super-ricos venderem viagens ao espaço é o suprassumo.

E, obcecada com as «qualificações», será que a esquerda brâmane leva a sério o facto de Ventura ter um doutoramento, havendo muitos mais como ele no seio do fascismo, esse produto político da classe dominante?

Para sossego de todos nós, alegremo-nos por isso, a peste dos agonizantes arribados em jangada desconjuntada às rentáveis areias dos Algarves vai voltar para donde veio e de onde nunca deveria ter saído.

A educação sexual não substitui o papel da família, nem as consultas médicas, mas é insubstituível para o desenvolvimento pleno e informado das crianças e jovens, alterando mentalidades e comportamentos.

A fábrica é privatizada – para crescer, garantiam. O Estado português e as empresas públicas começam a ser obrigadas a abrir concurso internacional para comprar comboios. E começam a adjudicar no estrangeiro as poucas compras. A Sorefame encerra.

Onde se fala na primeira greve da humanidade feita pelos servos da praça da verdade. Um spoiler, a luta triunfou.

Anuncia-se a reforma sem dialogar com as comunidades em causa, em pleno Verão, quando a Assembleia da República está a banhos e as escolas fechadas, dando logo a ideia de que é uma coisa para fazer às escondidas.

O que está em cima da mesa pretende coisas tão graves como limitar o acesso à licença por amamentação até aos 2 anos com a apresentação semestral de atestado médico — uma exigência burocrática punitiva, baseada numa lógica de desconfiança.

O Governo, quando os números não lhe servem, tortura-os até confessarem tudo o que lhe interessa. No documento justificativo da privatização da TAP, de 10 de Julho de 2025, o Governo falsifica completamente as contas anuais da empresa.

XXIV Bienal do Avante! e Rita Andrade na Quinta da Atalaia (Seixal), Beatriz Capitulé na Galeria Zé dos Bois (Lisboa), Albuquerque Mendes em Matosinhos e Estudantes de Artes Visuais da ESELx em Loures.

Num momento em que se anunciam alterações preocupantes à legislação laboral, desde o agravamento da precariedade, da facilitação dos despedimentos ao ataque ao direito à greve, esse discurso normalizador assume-se como instrumento fundamental para a resignação.

Este caso serve para comprovar como até uma simples gasolineira precisa de recorrer a um bom advogado. São assim muito injustas as insinuações de que nada justificava a despesa de uma determinada gasolineira com os serviços de Luís Montenegro.

É impossível negar a gravidade do que está em causa: o poder político local ignorou deliberadamente uma ordem judicial. A separação de poderes é um dos pilares da democracia. Quando um executivo se permite desautorizar o judicial, abre-se a porta à arbitrariedade e ao autoritarismo.

O que está em preparação não é apenas uma mudança de modelo. É um abandono das promessas feitas aos agricultores, às regiões desfavorecidas e aos países mais pobres da União. É o regresso a uma Europa a duas (ou mais) velocidades.

A ignorância que o Camilo vende é aquela que não quer saber que a TAP SA é lucrativa ao longo de todo este século, que deu lucro quase todos os anos, e que os maiores prejuízos aconteceram... no período em que esteve privatizada. 

«Venham Mais Cinco - O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa (1974-1976)», «Salto - Migrações e Exílios de Ontem e Hoje» e exposições de Manuel João Vieira e de Margarida Botelho.

Não só foi sempre assim com a gestão privada, como é a mesma receita que o Governo PSD/CDS aplica. O atraso, esse, é para dividir por todos – afinal vivemos em democracia.

Ao concordarem em aumentar os seus gastos militares para 5% do produto interno bruto (PIB), os Estados europeus criaram uma série de problemas para si mesmos.