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Piquete no Alfeite é apenas o primeiro de dois momentos de luta

O Arsenal do Alfeite aderiu, em força, à greve da Administração Pública de hoje. No Sábado, dia 18, estes trabalhadores continuam a sua luta com a participação na Manifestação Nacional convocada pela CGTP para Lisboa.

Piquete de trabalhadores do Arsenal do Alfeite, com a presença do deputado do PCP, Bruno Dias, em dia de greve da administração pública. Almada, 17 de Março de 2023 
Piquete de trabalhadores do Arsenal do Alfeite, com a presença do deputado do PCP, Bruno Dias, em dia de greve da administração pública. Almada, 17 de Março de 2023 Créditos / STEFFAs

Às 7h da manhã concentraram-se os trabalhadores do Arsenal do Alfeite junto à entrada principal da Base Naval de Lisboa, em Almada, assinalando greve da Administração Pública que se realiza hoje, 17 de Março. Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (Frente Comum/CGTP-IN), Isabel Camarinha, Secretária-Geral da CGTP e Bruno Dias, deputado do PCP, estiveram presentes, expressando a sua solidariedade com os trabalhadores em luta.

As reivindicações destes profissionais vão muito além dos aumentos salariais (100 euros, para fazer face à perda de poder de compra). Exigem a admissão urgente de mais pessoal, modernização e re-equipamento do Estaleiro, descongelamento das promoções de 42 trabalhadores: todas estes pontos aguardam, de uma forma ou de outra, «autorização governamental» do Governo PS, que tarda em actuar.

«Numa altura em que, uma vez mais, a operacionalidade da Marinha Portuguesa está na ordem do dia, os trabalhadores do Arsenal do Alfeite vão continuar a exigir do Governo as condições para garantir um futuro ao Estaleiro Naval público», defende o Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas e Empresas de Defesa (STEFFAs/CGTP).

Este é o primeiro de dois dias de luta dos trabalhadores do Alfeite. Amanhã, 18 de Março, vão estar presentes na Manifestação Nacional convocada pela CGTP, em Lisboa, dando continuidade ao seu processo reivindicativo, juntando a sua luta à luta de todos.

Às 10h da manhã, já em frente aos serviços de segurança social em Lisboa (que não abriram devido à adesão à greve) o coordenador da Frente Comum confirmava as expectativas do sindicato. «Estamos com uma enorme adesão a esta greve que é transversal a toda a administração pública».

Arsenal do Alfeite é «exemplo crasso daquilo que é o desinvestimento nos serviços públicos»

O Alfeite «já foi um grande motor da manutenção militar», lamentou Sebastião Santana, em declarações prestadas à RTP durante o protesto de hoje, mas o desinvestimento ao longo de décadas, «denunciado pelo STEFFAs há décadas» tem levado à sua progressiva degradação, «de dia para dia».

«É uma situação que urge inverter, à semelhança de muitos outros serviços da administração pública como a saúde, a educação, os próprios serviços de segurança social», defende.

Isabel Camarinha defendeu a necessidade de o Governo PS, assim como o patronato, perceberem que «o País assim não se desenvolve»: «não pode continuar a acontecer os trabalhadores empobrecerem a trabalhar, que famílias não consigam chegar ao fim do mês porque o salário não chega, pensão não chega».

É evidente que há condições para resolver estes problemas (tanto salariais como de investimento nos serviços públicos) basta olhar para «os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros que continuam intocados». A secretária-geral da CGTP defendeu a necessidade «de um controlo de preços neste momento em que os bens essenciais são os que mais aumentam, nomeadamente os bens alimentares».

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