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PS e direita rejeitam fixar preço do cabaz básico

PS, PSD, Chega e IL chumbaram esta sexta-feira, no Parlamento, a criação de um regime de preços de bens essenciais, que permitisse travar a especulação e aliviar as famílias. 

CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Diário de Notícias fazia ontem manchete com a necessidade de se recuar quase quatro décadas para se assistir a custos tão altos na energia e na alimentação, que retira agora dos bolsos dos portugueses mais 20% do que em 2022, sem que os salários acompanhem a tendência. 

Apesar deste fenómeno, a que não é alheio um forte efeito especulativo, e de serem cada vez mais os que se encontram em risco de pobreza e de diariamente crescer o número de famílias com mais dificuldade para chegar ao fim do mês, o partido da maioria e as bancadas da direita rejeitaram hoje travar a escalada dos preços do cabaz essencial.

PS, PSD, IL e Chega votaram contra a iniciativa do PCP, que propunha criar um regime de controlo dos preços do cabaz alimentar e das margens dos operadores do sector da distribuição alimentar e logística, mas também a do BE, que previa criar mecanismos de intervenção e fixação de preços nos bens alimentares essenciais. 

Estima-se que, só entre Janeiro e Dezembro do ano passado, o cabaz de produtos básicos tenha au­mentado, em média, mais 33,51 euros, passando de 183 para 217 euros, com aumentos de 53%, no caso do arroz carolino, ou de 42%, no leite meio gordo.

Os valores foram novamente recordados pelo deputado comunista João Dias no debate da iniciativa, esta quinta-feira, tendo o eleito alertado para o facto de estes aumentos não se reflectirem nos pequenos produtores, desde logo nos que viram os seus rendimentos reduzirem-se em 12%. «Ficam na especulação da grande distribuição que acumula lucros nunca vistos», disse, salientando que o diploma, que o PCP deu a conhecer em várias iniciativas de contacto com a população, a nível nacional, visava «combater desigualdades e injustiças». 

Em reacção aos projectos apresentados, a bancada do PS insistia em valorizar as «medidas de apoio» do Governo, como a atribuição dos 125 euros em Outubro, e que não respondem aos problemas sociais com que os portugueses estão confrontados, apesar dos lucros extraordinários dos grandes grupos económicos. Recorde-se que, em 2022, só a Sonae e a Jerónimo Martins lucraram, em conjunto, 629 milhões de euros. 

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