Em Janeiro de 2023, a Auchan, uma das maiores empresas do sector da grande distribuição em Portugal (e que está em processo de adquirir toda a operação do Minipreço no país) despediu vários funcionários das limpezas, obrigando os restantes trabalhadores a fazer a limpeza do chão e das casas de banho públicas.
É um atropelo às «leis referentes às categorias profissionais, consagradas no Contrato Colectivo de Trabalho em vigor para as empresas de distribuição», afirma o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
A recusa de oito funcionários da MyAuchan da Amadora em assumirem as responsabilidades da colega despedida, rejeitando as ilegalidade impostas pela empresa, foram, desde o início do ano, alvo de vários processos disciplinares sem fundamento, substituição ilegal em greve, ameaças, a transferência compulsória para várias lojas afastadas dos locais de residência de cada um (e separados uns dos outros).
Após vários protestos (que contaram com a presença de deputados do PCP e a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha), o CESP, que tem acompanhado judicialmente estes oito trabalhadores, anunciou hoje a realização de um conjunto de protestos em 12 cidades portuguesas (em 10 distritos diferentes), à porta de lojas da Auchan.
«Os trabalhadores da MyAuchan da Amadora continuam determinados na defesa dos seus direitos — querem voltar ao seu local de trabalho para trabalhar!». Ao longo de dia 21 de Setembro, o sindicato sai à rua nas lojas de Aveiro, Guimarães, Figueira da Foz, Évora, Lagoa, Caldas da Rainha, Amadora, Benfica (Lisboa), St. Tirso, Costa da Caparica, Setúbal e Viseu.
Nas suas redes sociais, o CESP dirigiu um pedido à população para que todos aqueles que não se encontrem em condições de aderir aos protestos nestas cidades enviem um e-mail à Auchan (para [email protected]), escrevam no livro de reclamações e questionem os gerentes das lojas MyAuchan.
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