«Nas lojas e entrepostos Lidl, a ofensiva patronal continua a subir de tom na discriminação das mães e pais que lá trabalham, bem como das pessoas com mobilidade reduzida», denuncia, em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).
O esquema é simples: os trabalhadores que tenham filhos, nomeadamente aqueles que exerçam direitos parentais «tais como a amamentação ou necessidade de flexibilidade de horário, para tomar conta» de crianças, são convocados a renegociar os seus postos de trabalho.
Antecipadamente, a empresa, uma das maiores na área da grande distribuição em Portugal, prejudica estes trabalhadores na sua avaliação, convidando-os a descer de categoria profissional (com salários mais baixos) ou mesmo a abandonar a empresa.
«Além desta pressão, que põe em causa direitos fundamentais na parentalidade e na infância», o sindicato alerta para pressões semelhantes a serem exercidas no Lidl contra trabalhadores com mobilidade reduzida, «muitas vezes causada por acidentes de trabalho ou doenças profissionais». Mediante acordo, a empresa convidada este funcionários a abandonar o Lidl «por não conseguirem acompanhar os ritmos intensos de trabalho».
O CESP garante «vir a continuar a luta para garantir o direito à amamentação e à flexibilidade de horários» para todos os que deles precisem. «Continuaremos, também, a combater a desregulação de horários, exigindo a redução do período normal de trabalho para as 35 horas semanais, sem perda de salário».
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