De acordo com nota de imprensa enviada pelo CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal a Wells, detida pela Pharmacontinente, do Grupo Sonae vai alterar os horários de trabalho e impor aos trabalhadores jornadas de trabalho de 10 horas.
O horário em questão será concentrado e não contemplará a hora de almoço tornando-se assim uma afronta aos trabalhadores que irão ver impossibilitada a conciliação entre a vida pessoal e familiar com a vida profissional. Apesar da adaptação da semana de trabalho para quatro dias, as 10 horas em questão, de acordo com o sindicato, constituem um retrocesso total uma vez que com este horário os trabalhadores ficam impossibilitados de aproveitar as várias esferas da vida.
Na nota enviada, o CESP «repudia mais esta tentativa de desregulamentação do horário de trabalho e de agravamento da exploração». Para tal posição, o sindicato dos trabalhadores que abrange o sector, afirma que o horário da jornada de trabalho em questão prejudica gravemente a saúde com a sobrecarga física e psicológica, ainda para mais quando os turnos podem ser realizados com os trabalhadores sozinhos, causando bastante desgaste pelas diversas funções desempenhadas.
Face à situação, os trabalhadores exigem a redução do horário de trabalho e horários estáveis que permitam a conciliação do trabalho com a vida, que a cada balcão de atendimento distinto haja um trabalhador e o fim da precariedade e contratos de trabalho sem termo.
A essas reivindicações, o CESP e os trabalhadores exigem o respeito pelo Contrato Colectivo de Trabalho, com aumentos salariais de 100 euros para cada trabalhador, também como forma de combater o aumento do custo de vida e aumentando assim realmente os salários.
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