|greve geral

A «economia do ano» está recheada de razões para se aderir à greve geral

Cerca de 1,3 milhões de trabalhadores em Portugal, ou seja, 29,6% dos assalariados, vivem actualmente em situação de precariedade laboral, de acordo com um estudo divulgado pela CGTP-IN. Pacote laboral prevê a intensificação da precariedade, facilitando o recurso ao outsourcing.

CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

Insegurança, baixos salários e instabilidade na vida são tudo elementos da precariedade laboral. Um estudo divulgado pela CGTP-IN alerta que este cenário tende a agravar-se com as medidas propostas no pacote laboral do Governo PSD/CDS, que promove o alargamento dos prazos e das justificações para contratos precários e facilita o recurso ao outsourcing.

Segundo o mesmo, a precariedade tem consequências profundas na vida dos trabalhadores: dificulta o acesso ao crédito à habitação, desincentiva a formação profissional e está associada a salários cerca de 20% mais baixos em comparação com os dos trabalhadores com vínculo efetivo. «São vidas adiadas», afirma o comunicado, que associa esta realidade aos «défices e atrasos estruturais de Portugal».

Os dados apresentados baseiam-se em fontes administrativas oficiais referentes a 2023, uma vez que a divulgação dos Quadros de Pessoal relativos a 2024 foi adiada para meados de Dezembro. A CGTP-IN destaca que Portugal já é actualmente o segundo país da União Europeia com maior percentagem de trabalhadores precários, uma realidade que «apenas permite acumular mais lucros e poder por parte do patronato».

O comunicado conclui com um apelo à mobilização, lembrando que, por detrás dos números, “estão vidas” que dependem de políticas laborais mais justas e seguras.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui