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|exploração

Auchan rejeita qualquer melhoria na vida dos seus trabalhadores

«Somos militantes do bom, do são e do local, (...) permitindo aos nossos clientes, colaboradores e sociedade viver melhor num mundo melhor». Pois calai-vos que podem os trabalhadores querer um mundo melhor a sério.

Créditos / Hipersuper

Em Novembro, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) apresentou ao Grupo Auchan um caderno reivindicativo que coligia as principais exigências dos trabalhadores, recolhidas em plenários realizados um pouco por todo o país. Nesta reunião, o sindicato transmitiu «o sentimento generalizado de descontentamento nas lojas com os salários insuficientes e a discriminação na atribuição de prémios».

O Grupo Auchan «rejeitou a maioria das nossas propostas e ficou de avaliar outras – mas não aceitou nenhuma», denuncia o CESP. O «aumento mínimo de todos os salários em 15% foi rejeitado», ficando-se pelos 7% (em média), o subsídio de alimentação não terá alterações, mantendo-se nos 6,10 euros em cartão Ticket ou Oney e os trabalhadores não vão ter direito à redução horária para as 35h.

Se os «colaboradores são a força da Auchan», como afirma a empresa, porque é que a Auchan «rejeita a contratação de mais trabalhadores, em número ajustado às reais necessidades das lojas», aliviando a sobrecarga imposta aos trabalhadores? Porque rejeitam «a proposta do seguro de saúde para os filhos até aos 30 anos sem custo acrescido para os trabalhadores» ou «custear na íntegra os óculos graduados ou lentes de contacto de todos os trabalhadores», como está definido por directiva europeia?

«A contratação de trabalhadores para o serviço de limpeza nas lojas My Auchan também foi rejeitada». A empresa que diz que quer fazer a vida dos seus trabalhadores melhor «continua a forçar os operadores de supermercado» a limpar o chão e as casas de banho das lojas: algo «que não faz parte das suas funções». Num exemplo de democraticidade, a Auchan ataca com processos, suspensões e ameaças, como foi o caso na MyAuchan da Amadora, a todos os que rejeitem submeter-se a estas imposições, aos truques a que a empresa recorre para poupar mais uns milhares de euros.

O CESP já confirmou que, ainda em Janeiro, vai voltar a insistir junto da empresa para que esta, mesmo que continue a rejeitar todas as propostas dos trabalhadores, assuma que o seu apreço pelas pessoas que, todos os dias, garantem os seus lucros de milhões, não passa de um truque de retórica.

Uma dessas propostas é o fim do recurso a empresas de trabalho temporário. O Grupo Auchan já se procurou desculpar, alegando «dificuldades em contratar»: pois, «aumentem os salários e melhorem as condições de trabalho, como propomos, e seguramente essas dificuldades desaparecem», assegura o CESP/CGTP.

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