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|Invasão da Ucrânia

EUA, França e Alemanha bloquearam acordo que teria travado guerra na Ucrânia

Naftali Bennett, ex-primeiro-ministro israelita, mediou 17 esboços de um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, a pedido de Zelensky, mas a guerra agrada ao Ocidente, que prontamente boicotou a sua concretização.

Encontro de Volodymyr Zelensky e Joe Biden na Casa Branca, meses depois de os EUA, Alemanha e França terem impedido a assinatura de um acordo, solicitado pelo próprio Zelensky, que punha um fim à Guerra na Ucrânia. 
Encontro de Volodymyr Zelensky e Joe Biden na Casa Branca, meses depois de os EUA, Alemanha e França terem impedido a assinatura de um acordo, solicitado pelo próprio Zelensky, que punha um fim à Guerra na Ucrânia. CréditosJim Lo Scalzo / EPA

«Penso que houve uma decisão legítima do Ocidente de continuar a atacar Putin e não prosseguir as [negociações]», defendeu Naftali Bennett, primeiro-ministro de Israel entre Junho de 2021 e Junho de 2022. Na sua primeira grande entrevista desde que saiu do cargo, Bennett descreve o boicote ocidental às negociações de paz que o próprio mediava, entre a Ucrânia e a Rússia.

«Foi Volodymyr Zelesnky quem me telefonou e pediu para estabelecer contacto com Vladimir Putin». Ele estava em apuros, afirma Bennett.

«Fiquei com a impressão que ambos os lados queriam, muito, um cessar-fogo. O Putin aceitou fazer duas grandes concessões em relação às suas reivindicações originais (o desarmamento da Ucrânia e a desnazificação)». Bennett terá ficado muito animado com a possibilidade de um acordo nesse momento: a Ucrânia já tinha aceite renunciar à sua ambição de se juntar à NATO. Um acordo era possível.

Era possível, mas uma terceira parte não beneficiava com um cessar-fogo. Bennett acaba por assumir, na entrevista, a total subjugação do seu País às doutrinas estadounidenses: «Nestas questões, recorro aos EUA. Não faço o que me apetece».

«Toda a minha intervenção [nas negociações entre Rússia e Ucrânia] foi coordenada, até ao mais ínfimo detalhe, pelos EUA, pela Alemanha e a França». Foram, então, esses países que bloquearam um acordo de paz? questiona o entrevistador. «Basicamente, sim», confirma Bennett.

E quais seriam as principais desvantagens de não alcançar, por oposição da coligação ocidental, um acordo nas primeiras semanas da guerra? «o elevado número de mortos na Ucrânia e na Rússia», como se veio a verificar. A decisão do eixo EUA, Alemanha e França, ao prosseguir a guerra, «foi um duro golpe para a Ucrânia... Vão ter de proceder a uma gigantesca reconstrução das infraestruturas do País, quase como o Plano Marshall».

Sem esconder a sua ideologia racista e xenófoba, Bennett refere ainda a imigração de pessoas nascidas em África para a Europa como uma das principais consequências da Guerra na Ucrânia, para além das questões dos cereais e do gás.

Sionista nacionalista, Naftali Bennett é actualmente o líder do partido de extrema-direita Nova Direita. Enquanto responsável por altos cargos nos Governos israelitas (a sua carreira começa nos mandatos de Benjamin Netanyahu) deu seguimento à política de extermínio da população palestiniana, com a total complacência e apoio do mundo ocidental.

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