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Protestos e greve após assassinato de rapaz palestiniano por forças israelitas

Autoridades palestinianas e grupos da resistência condenaram o assassinato do terceiro jovem na Cisjordânia no espaço de dez dias, pelas forças de ocupação. Em Belém, foi decretada uma greve de 24 horas.

Forças israelitas de ocupação na Cisjordânia 
Forças israelitas de ocupação na Cisjordânia Créditos / Al Jazeera

Soldados israelitas mataram a tiro, esta terça-feira, Mohammad Shehadeh, de 14 anos, na localidade de al-Khader, perto da cidade de Belém, revelou o Ministério palestiniano da Saúde, que pediu uma investigação internacional ao caso.

O jovem foi atingido e ficou gravemente ferido durante confrontos com as forças israelitas, que realizaram uma incursão em al-Khader. De acordo com uma fonte local, citada pela agência WAFA, os soldados dispararam contra Shehadeh antes de o deterem; posteriormente, impediram que as ambulâncias chegassem perto da vítima.

Após o assassinato, o primeiro-ministro palestiniano, Muhammad Shtayyeh, afirmou que Shehadeh é uma nova vítima do terrorismo de Estado praticado por Israel. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou a execução e pediu à comunidade internacional que trave as acções de Israel.

Por seu lado, a Jihad Islâmica afirmou que «o assassinato de um rapaz palestiniano a sangue-frio corporiza o terrorismo e a agressão contra o povo indefeso da Palestina», enquanto o Hamas destacou «a brutalidade e as acções de terrorismo do regime sionista contra a nação palestiniana».

Ao assassinato, seguiram-se manifestações de protesto em al-Khader e no campo de refugiados de Dheisheh, nos arredores de Belém. Hoje, a cidade no Sul da Cisjordânia ocupada encontra-se paralisada, com escolas, lojas e outros estabelecimentos encerrados para denunciar a morte de Mohammad Shehadeh.

Segundo refere a Prensa Latina, apenas abriram as portas os centros hospitalares, depois de um acordo alcançado entre diversos partidos palestinianos.

Corpos de nove menores palestinianos retidos

Israel continua a reter os corpos de nove menores palestinianos mortos pelas sua forças, violando o direito internacional, afirmou esta terça-feira o grupo Defense for Children International – Palestine (DCIP).

O direito internacional «inclui a proibição absoluta de tratamento cruel, desumano ou degradante, e estipula que as partes num conflito armado devem enterrar os mortos de forma honrosa», afirmou o DCIP, citada pela PressTV.

«Isso enquadra-se na política de punição colectiva praticada pela ocupação [israelita] contra o povo palestiniano, e o dano causado às famílias dos mártires, daí resultante, equivale a uma punição colectiva que viola o direito internacional humanitário», acrescentou.

Os nove jovens e adolescentes palestinianos referidos pelo DCIP foram mortos entre 2016 e Dezembro do ano passado; os mais jovens tinham 15 anos.

Desde 1967, Israel criou «cemitérios para os mortos inimigos» ou «cemitérios de números» em áreas militares fechadas, onde mantém os corpos de palestinianos que foram mortos durante a luta de libertação contra a ocupação israelita na Margem Ocidental, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza.

Em Dezembro último, a DCIP afirmou que 2021 foi o ano mais mortífero para as crianças palestinianas desde 2014, tendo registado a morte de 76, pelas forças israelitas, nos territórios ocupados e na Faixa de Gaza cercada.

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