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Estafetas das plataformas digitais agendam concentração em Almada

As empresas (Uber, Glovo, Bolt, entre outras) aumentaram o seu nível de facturação para cerca de 30%, «à custa daqueles que são a cara da empresa». Trabalhadores vão estar na Praça São João Batista, em Almada, às 10h, amanhã.

Concentração de estafetas das plataformas digitais, com o Sindicato de Hotelaria do Norte/CGTP-IN, no Porto, em Abril de 2022 
Concentração de estafetas das plataformas digitais, com o Sindicato de Hotelaria do Norte/CGTP-IN, no Porto, em Abril de 2022 Créditos / Healthnews

O responsável pela Glovo em Portugal, Joaquín Vásquez, revelou que o volume de negócios da empresa ascendeu a 200 milhões de euros em 2022. A situação, no entanto, só se tem vindo a agravar para os trabalhadores que, literalmente, carregam o sucesso das plataformas digitais às costas.

Para além dos valores cada vez mais reduzidos que as empresas pagam aos estafetas por cada entrega, «despedem estes trabalhadores violentamente, sem justa causa, retirando-lhes a licença, bloqueando-os quando estes não cumprem o horário», referiu, em Novembro de 2022, o Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN).

Um trabalhador da Uber, Glovo e Bolt que trabalhe, numa semana, 72,5 horas, faz 112 entregas, recebe 405 euros e tem de pagar ao intermediário 10%. Ao todo, por este trabalho, aufere 364,95 euros. Num mês serão 1 459,80 euros (com este valor, o trabalhador tem ainda de pagar toda a gasolina, o aluguer da conta, a compra da mochila, motorizada, capacete, etc...).

Mobilizados para transformar a sua realidade, os trabalhadores estafetas da Uber, Glovo, Bolt e outras plataformas digitais vão estar concentrados amanhã, em Almada, na Praça São João Batista, a partir das 10h. Os estafetas exigem o aumento da taxa de recolha para 1,5 euros, da taxa de cancelamento para 3,5 euros, um pagamento mínimo de bónus de 1,35 euros, equipamentos de trabalho ao encargo da plataforma e a diminuição do peso dos pedidos em supermercado.

A União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN, em comunicado enviado ao AbrilAbril, afirma a sua solidariedade «com as reivindicações destes trabalhadores relembrando, no entanto, que estas empresas aumentaram o seu nível de facturação para 30%, como é exemplo disso a Glovo, à custa daqueles que são a cara da empresa».

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