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Greve parcial no entreposto do Lidl na Marateca «contra repressão das chefias»

Existem «práticas reiteradas de intimidação» no Lidl, denunciou, ao AbrilAbril, Célia Lopes, dirigente do CESP/CGTP. Greve parcial (2h a cada turno) arranca hoje e só acaba a 9 de Junho.

O CESP calcula que a ausência de actualização salarial já custou 3831 euros aos trabalhadores
Créditos / Diário do Distrito

Uma e outra vez, os trabalhadores do entreposto do Lidl na Marateca, um dos 4 armazéns a nível nacional que abastecem diariamente as centenas de lojas da empresa, têm dinamizado acções de luta para pôr termo à «pressão e repressão por parte das chefias». Embora o Lidl aceda a realocar os elementos mais tóxicos, longe do contacto com trabalhadores, o clima de impunida é ideal para que, uma e outra vez, a situação se repita.

Infelizmente, estas situações «têm de ser sempre resolvidas através da luta», lamenta Célia Lopes, dirigente nacional do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), em declarações prestadas ao AbrilAbril. «Se os trabalhadores não denunciam a situação ao sindicato, o abuso das chefias continua. É uma prática conhecida, reiterada, no Lidl».

A dirigente do CESP explicou o processo de «castigo» aplicado a trabalhadores do entreposto da Marateca: «não estamos a falar de despedimentos, a retaliação faz-se enviando os trabalhadores para a secção da fruta, uma secção muito, muito pesada, um trabalho muito duro, em ambientes constantemente refrigerados, constantemente a sofrer choques térmicos». Em plenário, a secção é unanimente conhecida como o «castigo».

Mesmo que trabalhadores noutras secções estejam atrasados, aflitos com a carga de trabalho, a precisar de fazer horas extraordinárias, quem está no «castigo» é proibido de ajudar, não podem abandonar a secção da fruta. «Não faz sentido nenhum e não acontece em mais nenhuma secção», é pura retaliação, sem qualquer propósito objectivo.

Outra dos problemas denunciados pelos trabalhadores do Lidl foi o despedimento dos funcionários encarregues do tratamento dos lixos, do cartão, do plástico e resíduos. A responsabilidade de tratar de tudo isto recai, nos dias de hoje, nos trabalhadores que fazem a recepção e o envio dos produtos nos camiões.

Ou seja, o «Lidl despediu os trabalhadores que faziam tratamento dos resíduos plásticos, cartão e produtos alimentares que não estão em condições de serem vendidos e exige que esse trabalho seja feitos por todos, pelos trabalhadores do armazém, independentemente dos trabalhadores terem condições para isso ou, sequer, terem tido formação para tal».

Entre os dias 5, 6, 7, e 9 de Junho de 2023, os trabalhadores do entreposto da Marateca do Lidl vão realizar greves parciais entre as 9h45 e 11h45, das 16h45 às 18h45 e das 20h às 22h. Os trabalhadores também estarão em greve às horas extra entre os dias 5 e 7 e a todo o dia 9 de Junho.

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