A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP/CGTP-IN) que considera a atitude da empresa uma «afronta» à Constituição da República Portuguesa.
O Lidl avançou com processos disciplinares aos trabalhadores, até agora todos delegados e dirigentes do CESP, por estes terem realizado, no mês de Fevereiro, acções de luta à porta dos estabelecimentos da empresa, alegando que estes trabalhadores «violaram os deveres de urbanidade e probidade com o empregador».
«As acções realizadas tiveram um propósito muito claro: denunciar a precariedade a que os trabalhadores da Lidl estão sujeitos e que a empresa alega serem falsos», pode ler-se em nota enviada à empresa.
O sindicato lembra, no entanto, que a maioria dos trabalhadores das lojas está a tempo parcial mas com horários que lhes dificultam ter outro trabalho, auferindo entre os 300 e os 400 euros.
Este «confronto com a liberdade sindical» é, segundo o sindicato, uma forma de «punir» os trabalhadores que exerceram «um direito seu inalienável», após várias reuniões com a empresa em que não foram satisfeitas as reivindicações.
A estrutura sindical exige «o imediato arquivamento dos processos e das notas de culpa» e afirma que não irá tolerar «qualquer tentativa de intimidação».
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