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|política de direita

Rentrée do PSD: tanto falado e tão pouco dito

O PSD retomou ontem a actividade política na tradicional Festa do Pontal com um longo discurso de Luis Montenegro, mas com poucas ideias para atacar os verdadeiros problemas do País.

Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro, 20 de Setembro de 2017 
Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro, 20 de Setembro de 2017 CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

Durante o fim de semana, Luís Montenegro, com um discurso de quase uma hora, como paladino neoliberal que é, aproveitou o palanque para afirmar a sua nostalgia dizendo que o passismo regressou e para atacar o governo com casos e nunca em ideias.

Com Pedro Passos Coelho na plateia, e com a salva de honra dada, poucas ideias foram ditas. Para além da constatação de vários problemas do país como os baixos salários, a incapacidade do SNS dar resposta ou a falta de professores, Luís Montenegro aproveitou para dizer que tem em construção um programa de governo sem nunca dizer o que contém esse programa.

Luís Montenegro, fugindo ao conteúdo procurou pegar na espuma mediática dos dias e pegar no conjunto de casos que envolvem directamente o Governo. Veja-se no caso da Saúde, contraditoriamente reconhecendo que o PS ajuda os privados, afirma que existe um «fanatismo ideológico» com o SNS. Escondendo sempre as culpas do PSD no estado do país, apenas diz que «a seu tempo irá» apresentar o seu modelo de gestão do SNS mas acaba por dizer que o PS «não quer instituir um regime de complementaridade com do sector público, com o sector social e com o sector privado».

Sobre o aumento do custo de vida e a inflação, mais uma vez, Montenegro optou por não apontar à resolução do problema e não indo além de meras constatações, como neoliberal que é, diz que é necessário devolver o dinheiro dos impostos e não investir onde é necessário ou travar a escalada de preços.

Como grande trunfo da noite foi anunciado um «Programa de emergência social» que entre algumas medidas opta por ir numa lógica de não resolver os problemas estruturais do país mas sim numa lógica assistencialista efémera ou pela redução do IRS da «classe média» optando por não combater a acumulação e centralização de capital que se tem se tem verificado. Montenegro admite mesmo que são «medidas transitórias» demonstrando que a vontade não é mesmo efectiva mas populista.    

Como remate final, Montenegro fala das próximas eleições legislativas dizendo que não está a falar. A tónica do discurso parece marcar a abordagem do PSD para os próximos tempos – uma acção eleitoralista que pega nos problemas legítimos de quem trabalha mas que respostas nem vê-las.

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