A direita catastrofista

O PSD e o CDS-PP encerraram hoje as iniciativas para os seus quadros, que decorreram em Castelo de Vide e Peniche, respectivamente, com a novidade de os discursos de Passos Coelho e Assunção Cristas se sobreporem, já que ambas as intervenções se iniciaram por volta das 12h.

Nas intervenções dos líderes dos dois partidos, sem grandes novidades, um dos temas comuns foi a tentativa de ligar a política do actual Governo a catástofres e tragédias políticas iminentes, procurando fazer esquecer a insustentável dívida pública, a degradação do sistema financeiro, a regressão económica e a perda de controlo nacional de vários sectores, áreas e empresas estratégicas, fruto da política do governo que ambos sustentaram na última legislatura.

Passos Coelho e Assunção Cristas agitaram ainda o «papão» dos partidos «à esquerda do PS», mas não abordaram as políticas que o anterior governo promoveu ao longo dos últimos anos, marcadas por privatizações, liberalizações e desregulamentação económicas, laborais e sociais, e cujas consequências se reflectem numa acentuada desvalorização de salários e pensões, no aprofundamento das desigualdades e no empobrecimento da população.