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|aeroporto de Lisboa

Novo aeroporto: plataforma cívica denuncia «soluções» a pedido

A Plataforma Cívica que contesta a construção de um aeroporto no Montijo está desiludida com o encontro entre o Governo e o PSD, que adia uma verdadeira e estratégica solução aeroportuária para o país.

O Aeroporto Humberto Delgado quase esgotou a capacidade das suas instalações em 2016, com mais de 22 milhões de passageiros
O Aeroporto Humberto Delgado quase esgotou a capacidade das suas instalações em 2016, com mais de 22 milhões de passageirosCréditos

Em nota de imprensa divulgada este fim-de-semana, o colectivo As Pessoas Primeiro/Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não manifestou a sua desilusão quanto aos resultados da reunião do Governo com o líder do PSD sobre o novo Aeroporto de Lisboa, a qual, em sua opinião, frustrou as expectativas de que «o assunto ia ser tratado com profundidade e rigor».

Em vez de discutir a solução aeroportuária que Lisboa e o país precisam, já identificada em estudos prévios realizados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), os intervenientes preferiram discutir metodologias e tempos, incluindo a criação de uma «comissão técnica independente» à qual caberá definir as localidades que serão objecto de estudos de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).

A inclusão de «uma dita solução de localização de um aeroporto a pedido» é vista com estranheza pela plataforma cívica, que chama a atenção para o facto de «num país onde tudo se sabe e onde o segredo de justiça é banalizado e reduzido a escombros, possa haver uma solução que anda a ser estudada há três anos e nada se tenha sabido de que estudos e planos ela contém», apenas se conhecendo «uma ideia de localização que, aliás, parece ter sido pedida aos promotores para aumentar o caldo de “confusão” e dispersão de localizações».

Efectivamente, segundo o Diário de Notícias da passada sexta-feira, o primeiro-ministro António Costa anunciou, sem querer «entrar em pormenores», que serão considerados para efeito de avaliação de impacto ambiental não só Montijo e Alcochete como Santarém e «outras localizações que a própria comissão do estudo ambiental possa sugerir».

Investigadores e cientistas desconsiderados

A plataforma cívica mostrou-se preocupada com o afastamento do LNEC da execução dos estudos, que, em seu entender, deixa clara «a desconsideração e desvalorização das instituições públicas, isentas e independentes, do país» e passa «um atestado de incompetência e menoridade» ao conjunto da comunidade científica portuguesa, ordens profissionais e universidades incluídas.

Não deixa de ser tendencioso e até insultuoso, afirma a plataforma cívica, insinuar que o LNEC não teria isenção suficiente por já ter defendido a solução do Campo de Tiro de Alcochete como a mais adequada para o novo Aeroporto de Lisboa. O LNEC, sublinha a plataforma, «fez o que lhe foi pedido pelo governo: procedeu a uma comparação com base numa avaliação técnica, económica, financeira e ambiental na base dos factores críticos para a decisão». E quem homologou esse relatório foi o Governo, no âmbito das suas competências.

Em resposta à sugestão, feita por Luís Montenegro, de envolvimento do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos EUA, neste processo, «como se os técnicos portugueses fossem uns incapazes», o comunicado da plataforma cívica lembra as palavras de Jorge Sampaio aquando das comemorações do 50.º aniversário do LNEC: «(…) gerações e gerações de técnicos competentes, de especialistas reconhecidos internacionalmente e de investigadores de grande mérito têm sido formados nos seus departamentos e centros, conseguindo atingir as fronteiras dos conhecimentos e o estado da arte de bem fazer nos respectivos domínios».

Tudo evidencia, reforça o comunicado, o receio de que as instituições científicas portuguesas se viessem pronunciar por uma verdadeira e estratégica solução aeroportuária para o país como é o caso do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) no Campo de Tiro de Alcochete.

O actual processo, conjugado com as as notícias que indiciam a possível reprivatização/compra da companhia aérea portuguesa, a TAP, é «cada vez mais opaco e menos transparente», conclui.

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