«É preciso despertar as consciências e considerar inaceitáveis estas tragédias», disse o secretário-general da UIL, Pierpaolo Bombardieri, para depois sublinhar: «Não são incidentes, são homicídios.»
No Dia do Pai, «queremos chamar a atenção para os muitos pais, as mães e os pais que procuravam ganhar o salário e não voltaram para casa do trabalho», afirmou Bombardieri, citado pelo portal radiocolonna.it, antes de proceder à leitura de alguns dos nomes dos que perderam a vida por falta de segurança nos locais de trabalho.
«Nenhum lucro pode justificar a perda de uma vida humana: devemos dizê-lo, alto e bom som, o dinheiro não vale a vida humana e devemos respeitar a dignidade do trabalho», frisou.
Em comunicado publicado na véspera no seu portal, a UIL havia explicado o teor da iniciativa, sublinhando que vai instar as forças políticas e o governo do país europeu a implementar «todas as medidas necessárias para reforçar a prevenção, investir na segurança e sancionar quem não respeitar as regras».
A próxima iniciativa neste âmbito foi convocada para o próximo dia 22 em Florença, onde terá lugar uma assembleia de 1500 delegados e representantes da segurança da UIL e da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL).
As mortes no local de trabalho são «uma tragédia que continua porque não se tomam medidas sobre as razões que estão provocar este desastre», denunciou na semana passada o secretário-geral da CGIL, Maurizio Landini.
«As medidas que o governo tomou até agora não vão nessa direcção e, por isso, pensamos com a UIL que chegou a hora de uma mobilização mais geral sobre estas questões, exigindo ao Parlamento e ao governo que mudem e façam as intervenções que são necessárias hoje», disse Landini.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Seguro de Acidentes de Trabalho (Inail), em 2023, foram registados em Itália 1041 casos de acidentes de trabalho mortais, levando a CGIL a afirmar que «não se pode morrer pela lógica do lucro a qualquer custo».
Em defesa do direito à saúde no local de trabalho, os secretários-gerais de ambas as centrais sindicais já fizeram saber que, no dia 20 de Abril, haverá em Roma uma manifestação nacional.