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EUA: a cada 96 minutos, um trabalhador morre no local de trabalho

Em média, a cada 96 minutos uma pessoa morre em acidentes de trabalho nos EUA, de acordo com dados do Gabinete de Estatísticas Laborais, que regista o nível mais elevado numa década.

Trabalhadores imigrantes na Califórnia (imagem de arquivo) 
Trabalhadores imigrantes na Califórnia (imagem de arquivo) CréditosBenjamin Lowy / truthout.org

Os resultados, obtidos como parte do Censo de Acidentes de Trabalho Mortais (CFOI, na sigla em inglês), analisaram a informação reunida ao longo de 2022 e registam um aumento de 5,7% nas mortes no local de trabalho no período abrangido pelo censo, explicou o portal truthout.org este sábado.

Os dados – que foram divulgados no final de Dezembro último pelo Gabinete de Estatísticas Laborais (BLS, na sigla em inglês) – registam o nível mais alto de acidentes laborais mortais em dez anos.

Por comparação com os «estados pós-coloniais industrializados», a segurança dos trabalhadores nos Estados Unidos é superior, no entanto, refere o truthout.org, «não é proporcional à riqueza do país, nem aos padrões de outros países capitalistas desenvolvidos».

«Os resultados sombrios de 2022 – sublinha a fonte – são consequência do colapso da supervisão regulamentar e da degradação do poder dos trabalhadores nos EUA – duas marcas distintivas da era neoliberal e do seu domínio corporativo consolidado.»

O relatório que o BLS apresentou tendo como base os dados recolhidos pelo CFOI coloca a ênfase numa «perspectiva inquietante»: o aumento de 5,7% na mortalidade laboral significa que, em média, um trabalhador perdeu a vida, nos EUA, a cada 96 minutos em 2022 enquanto trabalhava.

Outro aspecto destacado pelo censo é que taxa de mortalidade em acidentes laborais subiu de forma «desproporcionada» entre os trabalhadores afro-americanos e hispânicos.

O estudo verificou que os afro-americanos têm muito mais probabilidades de ser vítimas de um homicídio durante o tempo de trabalho, sobretudo os trabalhadores do comércio a retalho; e que o mesmo se aplica às mulheres em geral.

Entre os hispânicos, mais de metade das mortes registadas (63,5%) foram de trabalhadores nascidos no estrangeiro.

Além das «claras disparidades raciais», o estudo refere que, por sectores de actividade, a agricultura, a silvicultura e a pesca «tiveram a taxa de mortalidade mais alta», com «23,5 mortes por cada 100 mil trabalhadores a tempo inteiro».

Segue-se o sector dos transportes e movimento de materiais, com um registo de 14,6 mortes por cada 100 mil trabalhadores.

Entre outros aspectos, o estudo revela ainda que os «incidentes de transporte» atravessam os sectores e são a causa mais frequente de morte no local de trabalho, representando 37,7% de todos os casos registados.

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