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Letónia, Lituânia e Finlândia fecham a porta a quem fuja da mobilização militar

Horas depois do anúncio de mobilização parcial de cerca de 300 mil russos, os governos da Letónia, Lituânia e Finlândia assumiram a decisão de não emitir vistos humanitários a quem tente escapar.

Fronteira de arame farpado construída em 2021 pelas forças armadas da Polónia, separando o país da Bielorrússia 
Fronteira de arame farpado construída em 2021 pelas forças armadas da Polónia, separando o país da Bielorrússia CréditosKacper Pempel

Alegando, permanentemente, «questões de segurança», vários países europeus apressaram-se a afirmar a sua indisponibilidade para receber qualquer russo que procure fugir da mobilização parcial, convocada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.

«A Letónia não emitirá vistos humanitários, ou de outro tipo, para os cidadãos russos que evitam a mobilização», declarou, hoje, Edgars Rinkēvičs, ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia.

No mesmo sentido, o contraparte da Lituânia afirmou, explicitamente, que o país não tem qualquer «intenção, ou capacidade, de emitir vistos humanitários a todos os cidadãos russos que os solicitem»

Numa conferência realizada poucas horas depois da declaração de Vladimir Putin, Antti Kaikkonen, ministro da Defesa, defendeu a necessidade de aprofundar as restrições aos vistos atribuídos a pessoas com nacionalidade russa.

A distância entre o centro-esquerda e a direita xenófoba parece, em muitos países, diluir-se. Jussi Halla-aho, líder do partido da direita nacionalista, Partido dos Verdadeiros Finlandeses (anti-imigração), partilhava as intenções do ministro da coligação de centro-esquerda: «no mínimo, a Finlândia deve mostrar solidariedade para com a Ucrânia e os países bálticos, bem como para com a Polónia, e fechar a última fronteira terrestre através da qual entram os turistas e a população russa».

Na segunda-feira, alguns destes países tinham já aplicado fortes restrições à entrada de cidadãos russos, exclusivamente por terem nascido na Rússia. Apenas aqueles que cumpram determinados critérios, muito específicos, podem cruzar as fronteiras da Lituânia, Letónia, Estónia e Polónia.

Embora afirmem a sua continuada disponibilidade para receber qualquer pessoa, com nacionalidade russa, por motivos humanitários, sejam dissidentes ou pessoas perseguidas politicamente, as afirmações proferidas por representates destes governos não deixam margem para dúvidas. Ser russo, na mentalidade xenófoba que se instalou na União Europeia é um crime. Não importa se são apoiantes, opositores, ou tão simplesmente pessoas que se queiram afastar do país liderado por Vladimir Putin.

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