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Debate em Atlanta: «Como será uma nova sociedade dirigida pelos trabalhadores?»

Dia 2 de Setembro, representantes de várias organizações e movimentos vão participar na conferência promovida pela Assembleia Internacional dos Povos «Dilemas da Humanidade: Um Horizonte Socialista».

O Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços do Sul (USSW, na sigla em inglês) vai participar na conferência de Atlanta (EUA) do próximo dia 2 
O Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços do Sul (USSW, na sigla em inglês) vai participar na conferência de Atlanta (EUA) do próximo dia 2 Créditos / Peoples Dispatch

Num contexto de violações dos direitos humanos, violência sistémica, racismo, repressão, condições precárias, estagnação salarial, pobreza, problemas habitacionais, entre outros, o povo dos Estados Unidos continua a sonhar com um futuro melhor, afirma o portal Peoples Dispatch.

É assim que, no próximo sábado, 2 de Setembro, terá lugar a conferência organizada pela Assembleia Internacional dos Povos – América do Norte, na histórica Neighborhood Church, na maior cidade do estado da Geórgia.

Ali, serão abordadas questões como «Como será uma nova sociedade dirigida pelos trabalhadores?», «Como vamos reverter a crise climática e recuperar a nossa relação com a Terra?» ou «Como podia ser a cooperação mundial sem o imperialismo norte-americano?».

A conferência ocorre num contexto de graves dificuldades económicas para o povo norte-americano. De acordo com os dados do US Census, dos mais de 230 milhões de pessoas inquiridas, quase 70% têm dificuldades para pagar as despesas básicas semanais.

A estagnação salarial afecta os trabalhadores norte-americanos desde o início dos anos 70 do século passado e, actualmente, os trabalhadores continuam a enfrentar más condições laborais, em parte associadas ao processo de desindustrialização e também ao ataque à mão-de-obra sindicalizada.

Outro aspecto destacado pelos organizadores é a deterioração dos padrões dos direitos humanos no país, com o incremento da política de encarceramento, a brutalidade policial e o recurso a tácticas de guerrilha urbana por parte das forças de segurança.

Apesar destas dificuldades, a classe trabalhadora norte-americana respondeu, afirma o Peoples Dispatch, lembrando que Atlanta é um dos principais focos de resistência, onde os residentes lutam contra a construção de um centro de treino policial multimilionário, conhecido como «Cop City».

A luta contra os assassinatos de homens negros desarmados por parte de agentes da Polícia envolveu milhões de pessoas em todo o país nos anos recentes. Além disso, alguns presos que lutaram pela libertação dos negros e dos trabalhadores, integrados nos movimentos de luta dos anos 60 e 70 do século passado, conseguiram ser libertados.

Mobilização reforçada dos trabalhadores

Outro aspecto destacado é «o ressurgimento de um movimento operário combativo», que tem travado e está a travar lutas nos mais variados sectores, da hotelaria ao sector automóvel, passando pelos actores – e a alcançar vitórias, como ocorreu recentemente com os trabalhadores da UPS.

O emprego no país, especialmente no Sul, é marcado pela grande concentração no sector dos Serviços, por norma mal pago. «Organizar um sector onde prevalecem elevados níveis de rotatividade e precariedade é uma tarefa difícil», mas novas estruturas, como o Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços do Sul (USSW, na sigla em inglês), que participará na conferência de Atlanta, «estão decididas a vencer».

«Estamos a lutar por transformar os nossos empregos mal remunerados, com alta rotatividade em bons empregos», com direito a actividade sindical, afirma o USSW. «Ao longo da história, os trabalhadores do Sul – especialmente os trabalhadores negros e mulatos – não tiveram direito a formar um sindicato. Esta história de exclusão continua, hoje, com os trabalhadores dos serviços, mal remunerados», denuncia.

Muito diferente desta sociedade dirigida por um pequeno grupo de multimilionários

Estevan Hernández, organizador residente em Atlanta e orador na conferência, disse ao Peoples Dispatch que um mundo dirigido pelos trabalhadores tem de ter um aspecto completamente diferente do actual.

«As pessoas querem segurança, melhores empregos e educação. Estas coisas seriam a nossa prioridade. Seria [um mundo] completamente diferente desta sociedade dirigida por um pequeno grupo de multimilionários e um governo corrupto, ineficaz e racista», disse.

«As prioridades deles são financiar mais polícia racista, deportações e guerra. Nós fazemos todo o trabalho que faz com que a sociedade funcione, pelo que devemos ser aqueles que têm algo a dizer», frisou.

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