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Trabalhadores da grande distribuição em marcha pelo direito a uma vida justa

A 28 de Junho, Dia Nacional de Luta, 144 mil trabalhadores, de 4500 lojas e supermercado de todo o país, «com salários miseráveis e horários desregulados», vão paralisar, com marchas em Lisboa, Porto e Algarve.

Créditos / CESP

Bancos de horas em que, no final do mês, o trabalhador pode ficar a dever horas ao patrão (e ser descontado no salário); salários de miséria, pouco acima, se tanto, do Salário Mínimo Nacional, em que trabalhadores com mais de 20 anos de casa recebem o mesmo que um recém-entrado; alterações de horários de um dia para o outro; bloqueio do direito à amamentação e ao acompanhamento de filhos. As razões que mobilizam a força laboral da grande distribuição não são menores.

São cerca de 144 mil trabalhadores, distribuídos por 4 500 lojas, supermercados, armazéns e enterpostos, de norte a sul do país, a laborar com salários miseráveis e horários desregulados para as empresas de distribuição, representadas pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED): Pingo Doce (que assume a direcção da associação), Continente, Aldi, Lidl, Minipreço, Intermarché, entre outras.

O exercício das funções destes trabalhadores representam cerca de 12,4% do PIB nacional, e os lucros do patronato não param: a Jerónimo Martins (do Pingo Doce) tem resultados líquidos de 140 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023; A Sonae, no mesmo perído, tem um resultado líquido de 26 milhões. Em 2022, as duas lucraram um total de 769 milhões de euros.

«Tens de escolher entre pagar a renda, o empréstimo da casa ou pôr comida na mesa? Vives mais em função das vontades das chefias que das tuas?». O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) está a convocar uma greve para o dia 28 de Junho em todo o sector da grande distribuição, «pelo aumento geral dos salários, por horários dignos e pelo direito ao planeamento da vida pessoal».

Das lojas às ruas

Em três pontos do País, de Norte a Sul, o CESP vai realizar «uma marcha pelos direitos». Em Lisboa, com início às 10h30, no Continente do Campo Grande, os trabalhadores vão desfilar pelas ruas da cidade, passando pelo Lidl de Entrecampos, a Rádio Popular do Campo Pequeno, o Continente da Avenida da República, o My Auchan da Avenida da República, a Fnac do Atrium Saldanha, o Dia Minipreço da Avenida Fontes Pereira de Melo, o Aldi de Picoas, e, por fim, o Pingo Doce da Rua Tomás Ribeiro.

No Porto, a marcha começa às 9h, na Sport Direct, em Vila Nova de Gaia, seguindo pelo Continente, Pingo Doce, El Corte Inglés, o Lidl e o Aldi de Mafamude, encerrando a mobilização na sede do Mercadona. No Algarve, o protesto arranca às 9h30, em frente ao Aldi da Av. D. João VI, avançando até ao Pingo Doce da Patinha, continuando pela Avenida Heróis de 1808, o Minipreço da Zona Industrial e, por fim, uma concentração junto ao Continente Bom Dia.

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