PS

Apesar do PS optar por limitar muitos dos avanços propostos, já se garantiram medidas positivas como a gratuitidade das creches ou o reforço da rubrica para a redução tarifária dos passes sociais.

A Assembleia da República aprovou, em sede de discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2020, a proposta do PCP de reforço da PSP, GNR e SEF, com mais 2500 profissionais já este ano.

A interdição da compra de medicamentos por hospitais públicos, noticiada recentemente, decorre das imposições legais restritivas da autonomia dos serviços públicos, aprovadas em 2012 pelo governo de PSD e CDS-PP.

Apesar de defenderem que é o «melhor OE dos últimos anos», os dirigentes do PS afirmam que a aprovação de medidas de carácter positivo para as famílias, como a descida do IVA da energia, é uma «irresponsabilidade».

A ACT notificou a empresa para que proceda ao pagamento dos valores devidos aos trabalhadores com retroactivos, por ter decidido unilateralmente aumentar o horário de trabalho.

O Governo do PS insiste no arrastar das soluções urgentes para os serviços públicos, que alimentam situações como a «diabolização» do SNS. A política fiscal também esteve presente no debate quinzenal.

Os eleitos da CDU na Câmara Municipal do Barreiro denunciam que as suas intervenções são eliminadas nas actas das reuniões do Executivo. 

PS e PSD, com a abstenção do CDS-PP, votaram em reunião de Câmara a entrega da exploração da Tapada das Necessidades, em Lisboa. PCP condena alienação de património municipal.

O primeiro-ministro anunciou que o Conselho de Ministros vai aprovar, na quinta-feira, o valor de 635 euros para o salário mínimo em 2020, considerando o aumento «adequado» à situação económica e social do país.

Desde que a ANA garanta contrapartidas financeiras, a Agência Portuguesa do Ambiente diz ser possível avançar para o novo aeroporto. Esta opção do Governo tem sido objecto de amplo debate e muita contestação.

O PS opta, no seu programa de Governo, por não se comprometer mais decisivamente com uma política de aprofundamento de avanços sociais e de desenvolvimento soberano do País, preferindo manter a submissão à UE.

Discute-se hoje e amanhã no Parlamento o programa do recém-empossado Governo. Perante os problemas estruturais do País, o documento responde com propostas vagas e a fixação nas chamadas «contas certas».

O Parlamento iniciou, esta sexta-feira, funções e o novo Governo do PS toma posse hoje, quando se colocam grandes questões nacionais e a persistência de problemas estruturantes aos quais urge responder.

António Costa sublinhou que governará em constante «diálogo com as diferentes forças políticas» de esquerda e com o PAN, afastando qualquer «papel» ou pacto para os próximos quatro anos, como pretendia o BE.

O mediatismo pós-eleitoral tem assentado mais sobre a forma e a necessidade de um «papel» para entendimentos políticos de «estabilidade», e menos sobre que medidas está o PS disposto a assumir enquanto governo.

Os resultados confirmam a rejeição do povo português dos partidos de direita (PSD e CDS-PP), revelam uma capitalização do PS das medidas positivas alcançadas e um aumento da expressão de forças populistas.