A proposta foi aprovada na Câmara Municipal de Lisboa no passado dia 15 de Outubro. Num comunicado, os comunistas realçam que devia ser possível «adaptar este edifício para albergar um equipamento colectivo de serviço público ou mesmo para reconverter em habitação pública», integrado na bolsa de habitação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) ou nos programas de habitação municipais. Por outro lado, alertam, as novas habitações terão «custos certamente inacessíveis para a maioria da população».
O PCP denuncia que o processo revela, «mais uma vez», que o PS «continua apostado na alienação do património público para alimentar a especulação [...] imobiliária», enquanto a população de Lisboa «tem cada vez maiores necessidades ao nível dos serviços públicos e do acesso à habitação».
O Dispensário de Alcântara foi classificado como Monumento de Interesse Municipal, em 2017, por deliberação unânime da Câmara Municipal de Lisboa, após parecer da Divisão de Salvaguarda do Património Cultural, Pelouro da Cultura e da Direcção-Geral do Património Cultural. Foi inaugurado em 1893 e, recordam os comunistas, foi desde sempre um equipamento associado ao apoio a crianças.
No ano da sua classificação, a Estamo vendeu o edifício, na Avenida Infante Santo, por mais de três milhões de euros.
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