|Legislativas 2024

Sindicalistas de Abril apelam ao voto na CDU

Américo Nunes e José Ernesto Cartaxo lançam o documento subscrito por 50 ex-sindicalistas da CGTP, como Carvalho da Silva e Arménio Carlos, onde alertam para a ameaça da extrema-direita e apelam ao voto na CDU. 

CréditosJosé Sena Goulão / Lusa

«Dois grandes objectivos da direita são, no imediato, aprofundar o ataque aos direitos dos trabalhadores, aos sindicatos e à CGTP-IN, e enfraquecer, ou mesmo anular a existência eleitoral do PCP», lê-se no «Apelo de 50 Sindicalistas de Abril», conhecido esta segunda-feira. Entre os signatários contam-se quatro secretários-gerais da Intersindical, nomeadamente Armando Teixeira da Silva, Manuel Carvalho da Silva, Arménio Carlos e Isabel Camarinha, que este fim-de-semana passou o testemunho a Tiago Oliveira

«Conscientes dos perigos dos tempos que se avizinham e porque continuamos a lutar pela Liberdade, pela Democracia, pelo Estado Social, pela Paz e pelo fim da exploração do homem pelo homem, apelamos aos trabalhadores e trabalhadoras portugueses para apoiarem e votarem nas candidaturas inseridas na CDU – Coligação Democrática Unitária», afirmam os subscritores, como Avelino Gonçalves, dirigente da Intersindical e ministro do I Governo Provisório que instituiu o salário mínimo nacional, ou Daniel Cabrita, um dos fundadores da Intersindical, que em Outubro de 1970 presidiu à 1ª reunião Intersindical, como presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.

|

Iniciativa dos Comuns: quase duas centenas de personalidades defendem voto na CDU

Entre os subscritores do «apelo mobilizador» ao voto na CDU estão os músicos Valete e Xullaji, os economistas Paulo Coimbra e João Rodrigues e os escritores Mário de Carvalho, Rui Zink e Ana Margarida de Carvalho.

Acção de apoiantes da CDU, Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV), no Rossio, Lisboa. 23 de Janeiro de 2022 
CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

«Na hora de elegermos quem nos represente, a redução da política a uma simples tarefa de gestão dos danos provocados pelos interesses capitalistas, sem contrapeso político, convida-nos a optar pelo “mal menor”», mas os resultados estão à vista: o governo piorou, a desigualdade económica e social agravou-se, a extrema-direita cresceu.

|

«Abril conversas mil», um podcast para celebrar os 50 anos da Revolução

O PCP lançou o podcast «Abril conversas mil» para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, convidando personalidades de áreas tão diversas como o cinema, o desporto, a música, a educação e a televisão.

Créditos / DR

Em cada episódio participam dois convidados, «que chegam de lugares muito diversos, num espaço em que as suas experiências de vida podem fluir e confluir livremente», cujo resultado são conversas pessoais e irrepetíveis».

Alma Rivera, Bruno Dias, João Oliveira e Margarida Botelho são os anfitriões das conversas que serão lançadas ao longo dos próximos meses nas redes sociais do PCP e nas diversas plataformas. O primeiro episódio, em que Alma Rivera conversa com o cantor Toy e o comediante Diogo Faro, já está disponível. Segunda-feira, 20 de Novembro, é dia do comentador de futebol Blessing Lumueno e da modelo e actriz Sofia Aparício falarem de Abril, num encontro apresentado por Bruno Dias.

A cineasta Leonor Teles e o músico Luís Clara Gomes, Moullinex, são os convidados do terceiro episódio, que conta com apresentação de Margarida Botelho e tem estreia marcada para 27 de Novembro. 

Tendo em conta que «os gestos, as memórias e os sonhos partilhados são o mote para a acção e o futuro», «a cada episódio pedimos aos nossos convidados que partilhem um objecto que simbolize a Revolução de Abril; perguntamos onde estarão dia 25 de Abril de 2024 e marcamos encontro», lê-se na apresentação da iniciativa.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

A diminuição da representação parlamentar do PCP, refere o documento da Iniciativa dos Comuns, «tornou a vida mais difícil para as classes populares: da transferência dos rendimentos do trabalho para o capital à degradação dos serviços públicos, passando pela dificuldade em aceder a habitação condigna».

A ambição de encontrar uma resposta à altura destes problemas levou perto de duas centenas de personalidades independentes, com intervenção nas mais diversas áreas, a preparar um «apelo mobilizador» ao voto na CDU. Os signatários destacam as propostas que esta coligação (PCP e PEV) apresenta contra os «interesses entranhados, do imobiliário à banca», interesses que são responsáveis «pelo crescimento das desigualdades e a diminuição da participação democrática» em Portugal.

«A injustiça e as desigualdades económicas e sociais não se resolverão numa simples competição mediática de apuramento do carisma ou competência retóricas desta ou daquela liderança. É ao lado da cidadania e da militância que se manifestam todos os dias, ainda que bloqueadas mediaticamente, que se torna urgente fazer a democracia e as alternativas acontecerem», seja nos locais de trabalho, nos bairros ou no interior.

A 10 de Março, personalidades como os músicos Valete, Xullaji, Scúru Fitchádu e Rui Sidónio (Bizarra Locomotiva), os historiadores Manuel Loff, José Neves e Ricardo Noronha, os escritores Mário de Carvalho, Rui Zink, Ana Margarida de Carvalho e Sandro William Junqueira, os economistas Nuno Teles, João Rodrigues e Paulo Coimbra, os jornalistas Ricardo Cabral Fernandes, Joana Simões Piedade, Vítor Belanciano e João Ramos de Almeida vão «tomar partido com a “esperança que não fica à espera” [nas palavras de Manuel Gusmão]».

O documento «o trabalho da esperança: razões para um voto», divulgado ontem, ainda está aberto a novas subscrições: mais de 60 pessoas subscreveram a convocatória em menos de 24 horas. Os signatários contam apresentar uma lista finalizada em Fevereiro.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

O «Apelo de 50 Sindicalistas de Abril», divulgado pelos dirigentes sindicais Américo Nunes e José Ernesto Cartaxo, evoca a memória de um tempo em que trabalhadores e trabalhadoras comunistas, católicos, socialistas, de demais partidos e independentes, formavam uma «forte unidade», revelada, desde logo, «nas grandiosas manifestações nacionais do 1o de Maio de 1974, dando um impulso determinante na dinâmica progressista iniciada dias antes pelos heróicos militares do MFA». «Sem esse impulso», lê-se no texto, «não teria sido possível consagrar na Constituição de 1976 os direitos e liberdades dos trabalhadores e do Povo, a existência do Estado Social e um projecto de sociedade consentâneo com os valores de Abril».

Mas alerta também para os perigos do presente, numa altura em que «são poderosíssimas as ameaças das forças da direita, incluindo a direita pró-fascista, que estimulada pela existência da guerra na Europa e no Oriente Médio, não escondem as suas intenções de regresso a um passado ditatorial». Isto sem esquecer, desde a promulgação da Constituição da República até aos dias de hoje, os muitos ataques desferidos por «retrógradas políticas de direita» às conquistas dos trabalhadores. 

Os 50 signatários, entre os quais se encontram Ana Avoila, António Avelãs, Deolinda Machado, Armando Farias, Américo Nunes, Etelvina Reis, Luísa Ramos, Maria Graciete Cruz, Mário Davide Soares, José Luís Judas e Josué Marques, recordam ainda que a eleição dos 230 deputados à Assembleia da República, no próximo dia 10 de Março, acontece no ano em que se assinalam a 50 anos da Revolução de Abril, que pôs fim à ditadura fascista e instaurou a liberdade e a democracia. 

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui