«Na hora de elegermos quem nos represente, a redução da política a uma simples tarefa de gestão dos danos provocados pelos interesses capitalistas, sem contrapeso político, convida-nos a optar pelo “mal menor”», mas os resultados estão à vista: o governo piorou, a desigualdade económica e social agravou-se, a extrema-direita cresceu.
O PCP lançou o podcast «Abril conversas mil» para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, convidando personalidades de áreas tão diversas como o cinema, o desporto, a música, a educação e a televisão. Em cada episódio participam dois convidados, «que chegam de lugares muito diversos, num espaço em que as suas experiências de vida podem fluir e confluir livremente», cujo resultado são conversas pessoais e irrepetíveis». Alma Rivera, Bruno Dias, João Oliveira e Margarida Botelho são os anfitriões das conversas que serão lançadas ao longo dos próximos meses nas redes sociais do PCP e nas diversas plataformas. O primeiro episódio, em que Alma Rivera conversa com o cantor Toy e o comediante Diogo Faro, já está disponível. Segunda-feira, 20 de Novembro, é dia do comentador de futebol Blessing Lumueno e da modelo e actriz Sofia Aparício falarem de Abril, num encontro apresentado por Bruno Dias. A cineasta Leonor Teles e o músico Luís Clara Gomes, Moullinex, são os convidados do terceiro episódio, que conta com apresentação de Margarida Botelho e tem estreia marcada para 27 de Novembro. Tendo em conta que «os gestos, as memórias e os sonhos partilhados são o mote para a acção e o futuro», «a cada episódio pedimos aos nossos convidados que partilhem um objecto que simbolize a Revolução de Abril; perguntamos onde estarão dia 25 de Abril de 2024 e marcamos encontro», lê-se na apresentação da iniciativa. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Cultura|
«Abril conversas mil», um podcast para celebrar os 50 anos da Revolução
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A diminuição da representação parlamentar do PCP, refere o documento da Iniciativa dos Comuns, «tornou a vida mais difícil para as classes populares: da transferência dos rendimentos do trabalho para o capital à degradação dos serviços públicos, passando pela dificuldade em aceder a habitação condigna».
A ambição de encontrar uma resposta à altura destes problemas levou perto de duas centenas de personalidades independentes, com intervenção nas mais diversas áreas, a preparar um «apelo mobilizador» ao voto na CDU. Os signatários destacam as propostas que esta coligação (PCP e PEV) apresenta contra os «interesses entranhados, do imobiliário à banca», interesses que são responsáveis «pelo crescimento das desigualdades e a diminuição da participação democrática» em Portugal.
«A injustiça e as desigualdades económicas e sociais não se resolverão numa simples competição mediática de apuramento do carisma ou competência retóricas desta ou daquela liderança. É ao lado da cidadania e da militância que se manifestam todos os dias, ainda que bloqueadas mediaticamente, que se torna urgente fazer a democracia e as alternativas acontecerem», seja nos locais de trabalho, nos bairros ou no interior.
A 10 de Março, personalidades como os músicos Valete, Xullaji, Scúru Fitchádu e Rui Sidónio (Bizarra Locomotiva), os historiadores Manuel Loff, José Neves e Ricardo Noronha, os escritores Mário de Carvalho, Rui Zink, Ana Margarida de Carvalho e Sandro William Junqueira, os economistas Nuno Teles, João Rodrigues e Paulo Coimbra, os jornalistas Ricardo Cabral Fernandes, Joana Simões Piedade, Vítor Belanciano e João Ramos de Almeida vão «tomar partido com a “esperança que não fica à espera” [nas palavras de Manuel Gusmão]».
O documento «o trabalho da esperança: razões para um voto», divulgado ontem, ainda está aberto a novas subscrições: mais de 60 pessoas subscreveram a convocatória em menos de 24 horas. Os signatários contam apresentar uma lista finalizada em Fevereiro.
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