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Pelo fim da ocupação e dos massacres, acção solidária com a Palestina em Lisboa

Reclamando o fim dos massacres e o fim da ocupação, o MPPM promove uma iniciativa solidária com o povo palestiniano, esta sexta-feira, às 18h, no Rossio, em Lisboa.

Mulher sentada à entrada de uma casa bastante destruída, numa rua também bastante arrasada, no campo de refugiados de Jenin 
Mulher sentada à entrada de uma casa bastante destruída, numa rua também bastante arrasada, no campo de refugiados de Jenin Créditos / Prensa Latina

Numa nota emitida esta quarta-feira, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) refere-se à maior operação militar israelita dos últimos anos na Cisjordânia ocupada.

«Nos últimos dias Israel assaltou o campo de refugiados de Jenin com vastos meios terrestres e aéreos na maior operação militar na Cisjordânia desde 2002, tendo causado a morte a pelo menos 12 palestinianos e ferido 120, vinte dos quais em estado crítico», denuncia a organização solidária.

Dados actualizados pela agência estatal Wafa apontam para mais de 140 feridos e para a vasta destruição para que o MPPM também chama a atenção no seu texto.

«Milhares de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas para agora, no regresso, as encontrarem semi-destruídas, e não disporem de água ou electricidade porque as infra-estruturas foram destruídas, e nem hospitais, igrejas e mesquitas escaparam à fúria destruidora do ocupante», afirma.

Em declarações à imprensa, ontem, um representante do Município de Jenin, Bashir Matahen, disse que as tropas israelitas causaram graves danos às redes de água e electricidade tanto na cidade como no campo de refugiados.

Neste último espaço, exíguo, com menos de meio quilómetro quadrado, vivem mais de 22 mil pessoas, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA).

Escalada de violência

O MPPM sublinha que «o mais recente assalto a Jenin ocorre num contexto de escalada de violência na Cisjordânia, incluindo o primeiro ataque israelita com drones na zona desde 2006, o aumento dos ataques militares a Jenin e ao Norte dos territórios palestinianos ocupados e os ataques de colonos em aldeias palestinianas».

A este propósito, o movimento solidário lembra que, pelo menos, três palestinianos foram mortos num ataque com drone israelita a 21 de Junho, enquanto sete foram mortos e mais de 100 ficaram feridos num ataque que envolveu helicópteros sobre Jenin em 19 de Junho.

«Atiradores palestinianos mataram também quatro colonos israelitas em 20 de Junho, enquanto pelo menos um palestiniano foi morto a tiro no dia seguinte, quando os colonos israelitas invadiram a aldeia de Turmus Ayya e incendiaram dezenas de carros e casas», precisa a nota.

«Desde o início do ano duas centenas de palestinianos foram mortos pelas Forças Armadas ou por colonos israelitas», denuncia o MPPM, sublinhando que «a génese de toda a violência é a ocupação».

«Só pondo termo ao regime colonial de ocupação e de apartheid de Israel será possível construir uma paz justa e duradoura na Palestina», destaca, apelando à expressão da solidariedade com o povo palestiniano neste dia 7 de Julho.

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