Os trabalhadores exigem que a administração da Amarsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, privatizada pelo governo do PSD e do CDS-PP, responda a um conjunto de reivindicações, nomeadamente ao aumento geral dos salários, bem como dos subsídios de refeição e de transporte.
A paralisação de cinco dias, decidida pelos trabalhadores, arrancou com «adesão total», segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), que convocou a greve juntamente com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), ambos afectos à CGTP-IN.
Está também marcada uma greve a todo o trabalho suplementar, das 0h de 27 de Novembro às 24h de 4 de Dezembro. Segundo as estruturas sindicais, os trabalhadores desta empresa do grupo EGF (Mota Engil), dedicada à gestão dos resíduos sólidos urbanos dos municípios da Península de Setúbal lutam também pela reversão imediata dos cortes efectuados no subsídio de turno e pela passagem ao quadro de todos os trabalhadores com vínculo precário a ocupar postos que correspondem a necessidades permanentes da empresa.
Tal como afirmou recentemente ao AbrilAbril o dirigente do SITE Sul, José Lourenço, dos cerca de 400 trabalhadores da Amarsul, mais de 100 têm vínculos precários ou contratos a prazo, apesar de ocuparem postos de trabalho permanentes.
Entre as reivindicações que motivam a paralisação está também a redução do período normal de trabalho, o regresso do direito ao dia de Carnaval como feriado obrigatório e o direito a um período mínimo de férias de 25 dias úteis, bem como a criação de um subsídio de insalubridade, penosidade e risco.