De acordo com o balanço divulgado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL/CGTP-IN)), a greve geral foi um enorme sucesso com a paralisação a afectar directamente serviços como juntas de freguesia, escolas, jardins de infância, transportes urbanos, piscinas, bibliotecas, serviços de água e saneamento, tesourarias e sectores operacionais.
O sindicato salienta que a mobilização reflecte «revolta e consciência» face ao agravamento das condições de vida e à falta de resposta do governo às exigências dos trabalhadores. Segundo dados recolhidos, a adesão à greve na administração local ultrapassou os 80% em diversos municípios, com destaque para Lisboa, Setúbal, Porto, Braga e Coimbra. Em algumas autarquias, a paralisação foi quase total, obrigando ao encerramento temporário de serviços não essenciais. Estima-se que mais de 200 mil trabalhadores do sector público e empresarial local tenham aderido ao protesto.
O STAL acusa o Governo de, «com os bolsos cheios» da receita fiscal, que superou os 51 mil milhões de euros até Outubro, responder às dificuldades dos trabalhadores com uma actualização salarial de apenas 2,15%, valor considerado insuficiente para repor o poder de compra perdido desde 2009.
«A política de direita que o Governo pratica – e que conta com o apoio do Chega e da Iniciativa Liberal – agrava o empobrecimento da generalidade dos trabalhadores, e da população em geral, isto num quadro em que o País (segundo o INE) registou um excedente orçamental de 1% do PIB no 1.º semestre do ano!», lê-se no balanço realizado pela estrutura afecta à CGTP-IN.
Deste modo, o STAL garante que a luta «vai continuar» no próximo ano, prometendo intensificar a pressão para reverter as políticas laborais do executivo. «Com o reforço da luta será possível reverter estas políticas de direita, que visam satisfazer os patrões à custa dos trabalhadores», afirma o sindicato.
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