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Enfermeiros exigem fim das PPP

Os enfermeiros criticam as parcerias público-privado (PPP), em particular no Hospital Beatriz Ângelo, onde «a exploração é evidente». Está agendada uma concentração para esta quarta-feira.

Créditos / Zap.aeiou

Delegações da Direcção Regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) e do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) vão concentrar-se amanhã em frente ao Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, para exigir do conselho de administração e do Ministério da Saúde a resolução dos problemas dos enfermeiros daquela unidade. 

Numa nota enviada ao AbrilAbril, o sindicato denuncia que o modelo das PPP, além de sorver dinheiros públicos para os grupos privados, «deixa muito a desejar no que toca aos direitos dos seus trabalhadores», e destaca o exemplo do Hospital Beatriz Ângelo, onde «a exploração é evidente». 

Além da carga horária de 40 horas semanais, superior à verificada nas restantes instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), depois de repostas as 35 horas na anterior legislatura, o SEP alerta para «elevados ritmos de trabalho» e sobrecarga de horas extraordinárias, com reflexos na saúde dos profissionais e na deficiente conciliação entre a vida profissional e familiar. 

À falta de enfermeiros nos serviços junta-se a precarização do vínculo de muitos profissionais, através dos falsos recibos verdes, e «más condições de trabalho», que geram «grande rotatividade nas equipas» e instabilidade nos serviços do Beatriz Ângelo. O SEP exige que a cada posto de trabalho permanente corresponda um vínculo efectivo e o fim das PPP, cumprindo o estabelecido na nova Lei de Bases da Saúde

Apesar de, em Janeiro, ter anunciado que não renovaria o contrato de gestão referente ao Hospital Beatriz Ângelo com o grupo Luz Saúde, por mais dez anos, o Governo aprovou o estudo e preparação do lançamento e adjudicação de uma PPP para a gestão e prestação de cuidados de saúde no Hospital Beatriz Ângelo. 

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