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|Serviço Nacional de Saúde (SNS)

SEP: Governo PS empurra doentes crónicos para «farmácias, urgências e privados»

A «ausência de medidas promotoras de respostas integradas, articuladas e locais» está a prejudicar seriamente o acesso a cuidados de saúde dos doentes crónicos, considera o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP).

CréditosRodrigo Antunes / Agência Lusa

Desde 25 de Outubro, por opção do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, os doentes crónicos apenas se podem às farmácias para acederem «aos medicamentos que lhes serão prescritos pelos médicos para um determinado período de tempo», considera, em comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN). 

Pizarro, na apresentação da medida na Unidade de Saúde Familiar Alto dos Moinhos, em Lisboa, defendeu a ideia de que esta medida «simplifica muito a vida dos doentes com patologias crónicas, que passam a poder aviar os medicamentos sem repetir vezes sem conta o acto de pedir uma nova receita. Ao mesmo tempo liberta os médicos de família para se concentrarem num maior esforço de acompanhamento clínico dos seus utentes»

O problema é que esta situação já acontecia, esclarece o sindicato dos enfermeiros: qual é mesmo a «novidade que levou o Ministro da Saúde e o Director Executivo do SNS a fazer este anúncio com pompa e circunstância?». É que o «anúncio avulso de medidas para o SNS cujo impacto na acessibilidade e segurança dos utentes e doentes, na eficácia e na obtenção de ganhos em saúde é questionável» não serve aos cerca de 3,9 milhões de portugueses com, pelo menos, uma doença crónica.

Os enfermeiros defendem a necessidade de estabelecer um acompanhamento «regular e sistemático» destas pessoas por equipas multidisciplinares («médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas», por exemplo), em que cada profissional deve colaborar «no quadro das suas competências» no âmbito de um processo único de cada doente. Algo que, lamenta o SEP, «inadmissivelmente ainda não existe».

Este acompanhamento deve ser efectuado pelas equipas de saúde familiar e Unidades de Cuidados na comunidade, não deve ser relegado para «farmácias, urgências e privados». 

O SEP defende a necessidade de aplicação de medidas promotoras de «respostas integradas, articuladas e locais», de uma estratégia concertada para dar resposta às populações e reforçar o Serviço Nacional de Saúde, ao invés das migalhas que vão sendo apresentadas pelo Ministério da Saúde do Governo de maioria absoluta do PS.

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