Colômbia

Representantes do povo Awá alertaram, esta quinta-feira, para o extermínio físico e cultural dos indígenas e exigiram ao governo garantias e protecção das vidas.

Depois de o Exército de Libertação Nacional (ELN) ter demonstrado vontade de retomar o diálogo interrompido em 2018, o novo presidente eleito na Colômbia disse que é chegado o tempo da paz.

Ao vencer as eleições, Gustavo Petro definiu a paz como objectivo primordial de um mandato marcado pelo diálogo. Mas o Indepaz continua a lançar alertas contra os níveis de violência.

Organizado pela Fundación Yuste, na Extremadura, em torno do centenário de Saramago, o encontro reuniu académicos, tradutores e escritores, entre eles o nicaraguense Sérgio Ramírez e a colombiana Laura Restrepo.

A candidatura do Pacto Histórico, coligação de forças progressistas e de esquerda, venceu as eleições presidenciais na Colômbia. Petro definiu o triunfo como «histórico» e defendeu a aposta na paz.

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) afirmou, esta segunda-feira, que o período de governo de Iván Duque «se aproxima da pior época da violência nas últimas décadas».

A candidatura da aliança progressista Pacto Histórico foi a mais votada no acto eleitoral deste domingo e, dia 19 de Junho, vai disputar com Rodolfo Hernández o direito a ocupar a Casa de Nariño.

Na terça-feira, foram perpetrados dois massacres, num dos quais foi assassinada uma dirigente social. A Procuradoria alertou para a probabilidade de mais acções violentas no período que antecede as eleições.

Num comício em Cáli, o candidato afirmou que a direita pretende escamotear a vitória do povo nas eleições de dia 29 e pediu calma caso ocorra um golpe. Petro é o grande favorito, segundo as sondagens.

«Hoje o que há na Colômbia é esperança maioritária», disse Gustavo Petro num dos comícios que mostram o entusiasmo em torno da sua candidatura. Mas as ameaças persistem e a matança continua.

Entre quinta-feira e sábado, o Clan del Golfo levou a cabo 127 acções violentas, segundo dados preliminares divulgados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz).

A divulgação, esta terça-feira, pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) de cinco assassinatos espelha a onda de violência política e social que atinge o país sul-americano.

Organizações de direitos humanos acusam o Exército de ter matado 11 civis, dia 28 de Março, para os apresentar como «falsos positivos». Congressistas intimaram o ministro da Defesa a dar explicações.

Os massacres e assassinatos de dirigentes sociais na Colômbia aumentaram nos primeiros três meses de 2022 em relação a igual período de 2021, revelou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz.

A dois meses das eleições e num contexto hostil, a coligação liderada por Gustavo Petro oficializou a candidatura à presidência e apresentou o programa com que pretende mudar o país sul-americano.

O Indepaz confirmou, esta quarta-feira, o assassinato de seis pessoas, em Medellín e Bogotá. Também dá conta de ameaças de morte a vários dirigentes sociais, nomeadamente por apoiarem o Pacto Histórico.

Roy Barreras, membro da coligação de esquerda Pacto Histórico, afirmou que a equipa que trabalha na contagem de votos deparou com várias irregularidades e denunciou uma «fraude óbvia».