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México, Cuba e Colômbia formalizam agência de medicamentos regional

Ao assinarem a Declaração de Acapulco, México, Colômbia e Cuba deram início aos trabalhos para consolidar a Agência de Medicamentos e Dispositivos Médicos da América Latina e Caraíbas (Amlac).

Cerimónia de assinatura da Declaração de Acapulco, a 26 de Abril de 2023, para fazer avançar a Agência de Medicamentos e Dispositivos Médicos da América Latina e Caraíbas (Amlac) 
Créditos / @SSalud_mx

Com o compromisso de trabalharem de forma conjunta para que a população tenha acesso a medicamentos e vacinas de qualidade, seguros e eficazes, representantes dos organismos de controlo e vigilância dos países signatários da Declaração de Acapulco puseram em marcha um novo mecanismo de cooperação regional, ao qual devem aderir, quase de imediato, dez países.

Na cerimónia que teve lugar esta quarta-feira na cidade mexicana de Acapulco, presidida pelo Secretário da Saúde do país anfitrião, Jorge Alcocer, o titular da Comissão Federal para a Protecção contra Riscos Sanitários (Cofepris), Alejandro Svarch, defendeu que a regulamentação sanitária deve ser um instrumento capaz de favorecer a cadeia de abastecimento de medicamentos na região.

Segundo refere o La Jornada, Svarch destacou que na América Latina e nas Caraíbas «a desigualdade é sistémica», sendo «um fenómeno alarmante» quando se trata do acesso a bens para a saúde. É aí que «se joga a nossa soberania real», frisou.

Na presença dos embaixadores de Cuba, Colômbia e Honduras, bem como de Douglas Slater, coordenador da presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), o titular do organismo mexicano sublinhou a importância do papel da Amlac para acabar com a dependência da região relativamente às grandes potências, que impõem preços aos produtos que lhes garantem avultados lucros.

Representantes dos organismos de controlo e vigilância sanitária de Cuba, México e Colômbia assinaram uma declaração a que devem aderir no imediato vários países da região // @SSalud_mx

No mesmo sentido, refere a fonte, se pronunciaram as titulares do Centro para o Controlo Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed) de Cuba, Olga Lidia Jacobo Casanueva, e Mariela Pardo Corredor, directora do Instituto Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos (Invima) da Colômbia.

Afirmação de soberania

Ao discursar, o Secretário da Saúde do México, Jorge Alcocer, referiu-se à agência como um «marco», na medida em que a região que abarca não possui uma infra-estrutura para a produção de vacinas e outros fármacos.

«Esta missão de auto-suficiência sanitária regional nas nossas sociedades marcadas por profundas desigualdades é muito humana», disse Alcocer, citado pela Prensa Latina.

O titular mexicano da pasta da Saúde destacou a importância da cooperação entre «povos irmãos», com o objectivo de garantir os direitos à saúde.

A assinatura da declaração por Colômbia, Cuba e México «aproxima-nos da auto-suficiência sanitária e do acesso a dispositivos médicos», disse ainda Alcocer a propósito da Amlac, organismo que facilitará a partilha de investigações médicas e avanços no sentido soberania farmacológica entre os países da região.

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