Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Colômbia

Jornalista e dirigente social assassinado na Colômbia

Rafael Moreno, jornalista de investigação, director do portal Voces de Córdoba e dirigente social, foi assassinado por sicários, revelou o Indepaz esta segunda-feira.

Créditos / aa.com.tr

Moreno foi morto a tiro por assassinos a soldo, no domingo, quando se encontrava no Bairro 27 de Julio do município de Montelíbano (departamento de Córdoba).

Segundo informa o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), há alguns meses foi-lhe retirado o esquema de protecção (segurança pessoal) que lhe havia sido atribuído pela Unidade Nacional de Protecção por causa das ameaças de morte que tinha recebido em diversas ocasiões.

Associações de jornalistas e de defesa dos direitos humanos atribuíram as responsabilidades do assassinato ao anterior presidente colombiano, Iván Duque, uma vez que foi durante o seu governo que foi retirada a Moreno a protecção pessoal.

O conhecido jornalista Gonzalo Guillén afirmou: «Assassinaram o jornalista Rafael Moreno em Montelíbano, Córdoba. (Iván) Duque tinha-lhe retirado o esquema de protecção. Entregou-o aos assassinos.»

Por seu lado a jornalista Mapi Aguilars lembrou que Moreno denunciou situações, investigou e o governo de Duque tirou-lhe o esquema de segurança atribuído, sendo «hoje mais um número da violência e da extrema-direita deste país», indica a Prensa Latina.

A imprensa colombiana refere igualmente o facto de o jornalista se ter destacado também como dirigente social, tendo sido presidente da Junta de Acção Comunal do Bairro La Unión, em Puerto Libertador, e ex-candidato à Circunscrição de Paz pelo Sul do departamento de Córdoba.

A fundação social de defesa dos direitos humanos na região – Cordoberxia –, ao denunciar o assassinato do jornalista, afirmou: «Sabemos que adiantava várias investigações com denúncias penais e disciplinares. Exigimos a verdade, a plena verdade, a justiça, a reparação integral e as garantias de não repetição.»

No mesmo sentido, refere a TeleSur, reclamou ao actual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que tome medidas eficazes para impedir a repetição destes factos.

Desde que assumiu a Presidência do país sul-americano, em Agosto último, Petro lançou propostas e iniciativas no âmbito de uma política que busca aquilo que designou como «paz total».

No terreno, tem promovido reuniões envolvendo as associações populares e demais agentes implicados na construção dos territórios. O objectivo é, segundo afirmou este sábado em Cáli (capital do departamento de Valle del Cauca), fazer com que os grupos armados saibam que, nessa construção, «não manda a espingarda, a violência e o massacre, mas o povo».

Isto, sublinhou, não está desligado da «justiça social» e da superação de um modelo vigente «há décadas na Colômbia e repetido no mundo, a que chamam neoliberalismo e que já não dá respostas à humanidade».

Apesar dos esforços no terreno e das boas intenções, a matança continua. Segundo os dados Indepaz, só este ano, até 9 de Outubro, tinham sido assassinados no país sul-americano 144 dirigentes sociais – 1371 desde a assinatura do acordo de paz, em Novembro de 2016. Além disso, foram mortos 35 signatários desse acordo (341 desde Novembro de 2016).

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui