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|Colômbia

Continuam a matar líderes sociais na Colômbia

Dois líderes sociais foram assassinados neste fim-de-semana nos departamentos de Cauca e Putumayo, na região ocidental da Colômbia, aumentando para 148 o número de activistas mortos apenas em 2022.

Créditos / 360radio.com.co

O líder social Sócrates Sevillano e a sua esposa, Cielo Rujeles, foram assassinados por desconhecidos no passado sábado, em Orito, no departamento de Putumayo, junto à fronteira com o Equador.

Segundo fontes oficiais, citadas pela TeleSur, os corpos do casal foram encontrados com impactos de balas numa zona rural do município de Orito e decorre uma investigação sobre os motivos e autores do crime.

A morte de Sócrates Sevillano, que fora presidente de uma Junta de Acção Local, foi lamentada pelo alto-comissário para a Paz, Danilo Rueda, e por responsáveis políticos locais e departamentais.

Na sequência do assassinato realizou-se em Leguízamo um conselho de segurança extraordinário, com a presença dos ministros do Interior e da Defesa, do director da Unidade Nacional de Protecção, de representantes da cúpula militar e policial e de autoridades regionais e locais, a fim de desenhar estratégias para conter os assassinato de líderes sociais em Putumayo.

A notícia da morte de Sócrates Sevillano foi conhecida menos de 24 horas após, na sexta-feira passada, ter sido noticiado o assassinato de Giraldo Alonso Ríos, vice-presidente de uma Junta de Acção Comunal no município de Fortul, departamento de Arauca, abatido a tiro por desconhecidos.

A Provedoria do Povo, segundo a TeleSur, , emitira anteriormente um alerta sobre o risco elevado em que, desde 2018, vivem as populações rurais e, em particular, os seus líderes, nos municípios de Fortul, onde o crime foi cometido, mas também nos de Arauquita, Saravena e Tame, e pediu aos grupos armados que actuam na região para «deixar fora do conflito a população civil».

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Paz na Colômbia (Indepaz), confirmou que em 2022 se regista um aumento exponencial do número de assassinatos de líderes sociais nas regiões de Arauquita (275 por cento), Fortul (115 por cento) y Tame (57 por cento).

Con Alonso Ríos, afirmava no início do fim-de-semana o Indepaz, eram 147 os líderes sociais assassinados este ano na Colômbia, 1374 desde a firma do acordo de paz em Havana, em 2016. Agora são já 148 e 1375, respectivamente.

Desde que assumiu a Presidência do país sul-americano, em Agosto último, Petro lançou propostas e iniciativas no âmbito de uma política que busca aquilo que designou como «paz total».

No terreno, tem promovido reuniões envolvendo as associações populares e demais agentes implicados na construção dos territórios. O objectivo é, segundo afirmou em Cáli (capital do departamento de Valle del Cauca), fazer com que os grupos armados saibam que, nessa construção, «não manda a espingarda, a violência e o massacre, mas o povo».

Tal objectivo, sublinhou, não pode ser desligado da «justiça social» e da superação de um modelo vigente «há décadas na Colômbia e repetido no mundo, a que chamam neoliberalismo e que já não dá respostas à humanidade».

Apesar dos esforços no terreno e das boas intenções, a matança continua. Ainda há muito a fazer.

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