Há longos meses que o movimento exige uma inversão da política seguida pelo actual Governo, salientando que trabalhadores, reformados e pensionistas «não estão condenados» a engrossar as estatísticas do empobrecimento.
Os signatários do abaixo-assinado lançado na passada quarta-feira reclamam o direito a «viver com dignidade», ao mesmo tempo que pedem a tributação dos lucros especulativos das grandes empresas. «É preciso pôr os ricos a pagar a crise», lê-se no documento, onde se apela a um aumento geral de salários e pensões capaz de repor o poder de compra perdido, e medidas como a diminuição do IVA no gás e na electricidade.
A exigência de se fixarem preços máximos dos bens essenciais surge acompanhada de uma «efectiva fiscalização das fraudes, da propaganda enganosa e da especulação por parte das cadeias de distribuição e comercialização. Por outro lado, Os Mesmos de Sempre a Pagar reclamam medidas dedicadas aos pequenos produtores e os micro, pequenos e médios empresários.
No que toca à banca, o movimento quer a garantia de que os lucros da banca suportam o aumento sucessivo das taxas de juro e que a «pouca-vergonha das taxas e taxinhas seja controlada». Recorde-se que são mais de 11 milhões de euros diários o valor que o grupo dos maiores bancos a operar no nosso país acumula, graças à subida das taxas de juro. Deste grupo faz parte a Caixa Geral de Depósitos (CGD), a quem Os Mesmos de Sempre a Pagar exigem a redução do spread para 0,25%. Enquanto banco público, a CGD deveria estar «ao serviço do povo e do país», defendem.
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