Além da apresentação do Movimento, na iniciativa que terá lugar no dia 11, no Jardim das Descobertas, será lançada uma campanha com vista a exigir ao Governo a regulação dos preços, designadamente da energia, reivindicando a descida imediata do IVA do gás (13%) e da electricidade (23%) para 6%.
Os activistas denunciam num manifesto que o sucessivo aumento do custo de vida vai encolhendo salários e pensões, e reclamam a necessidade de impor que todos os bens essenciais, como a alimentação, transportes, rendas e medicamentos, tenham preços «justos e suportáveis» para a maioria das pessoas.
Num quadro de crise económica e social, as empresas cotadas em bolsa vão distribuir lucros. Semapa, Sonae SGPS e Ramada Investimentos aumentam as remunerações dos accionistas. Já são 13 as empresas, das 18 que compõem o índice de referência, as que anunciaram que vão proceder à distribuição de dividendos em 2021. Os lucros vão ser pagos aos accionistas num ano em que se registaram, de forma geral, uma quebra de lucros e quando está instalada uma crise social associada às medidas restritivas de combate à pandemia, que implicaram um aumento da pobreza no País. A distribuição das remunerações variam, havendo três empresas que propõem uma subida da remuneração aos accionistas, como é o caso da Semapa, Sonae SGPS e Ramada Investimentos; empresas que propõem manter os valores, como sejam a Corticeira Amorim, a EDP Renováveis, a EDP, a NOS, a REN e a Navigator; e outras que vão descer os montates pagos, como é o caso da Altri, a Galp e a Jerónimo Martins. Já os CTT, que no ano passado cancelaram o dividendo, este ano anunciaram já a intenção de o distribuir. O Clube dos Pequenos Accionistas (Maxyield) já veio defender que esta proposta «é muito baixa e decepcionante». Há empresas que ainda não decidiram sobre a distribuição de lucros, como é o caso do BCP, Pharol, Mota-Engil e Ibersol. Só a Novabase já anunciou que não quer pagar dividendos em 2021. Como explicou à Lusa o analista do Banco Carregosa, Paulo Rosa, no total, as cotadas do PSI20 deverão entregar este ano cerca de 83% do lucro aos accionistas, em dividendos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Nacional|
Empresas do PSI20 mantêm dividendos em plena pandemia
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A guerra no Leste europeu tem sido o argumento utilizado para o aumento da inflacção, mas o Movimento recorda que os preços já vinham a subir antes do conflito eclodir na Ucrânia, nomeadamente durante o surto da Covid-19.
«Assim se vê a quem aproveita a guerra e as sanções», lê-se no documento, onde se acrescenta que «estamos todos no mesmo mar, mas não vamos todos no mesmo barco», recordando os lucros obtidos por empresas como a Galp, Pingo Doce, Sonae e EDP.
Neste sentido, o Movimento reivindica que, num momento de crise como aquele que atravessamos, os dividendos das grandes empresas sejam desviados para um fundo de emergência nacional com vista a responder ao aumento dos preços.
«Travar o aumento do custo de vida é garantir condições de vida para a maioria, mas é também parar o roubo e o aproveitamento por parte dos mesmos de sempre», refere-se no manifesto.
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