Movimento contra aumento do custo de vida exige regulação dos preços

Além da apresentação do Movimento, na iniciativa que terá lugar no dia 11, no Jardim das Descobertas, será lançada uma campanha com vista a exigir ao Governo a regulação dos preços, designadamente da energia, reivindicando a descida imediata do IVA do gás (13%) e da electricidade (23%) para 6%. 

Os activistas denunciam num manifesto que o sucessivo aumento do custo de vida vai encolhendo salários e pensões, e reclamam a necessidade de impor que todos os bens essenciais, como a alimentação, transportes, rendas e medicamentos, tenham preços «justos e suportáveis» para a maioria das pessoas. 

A guerra no Leste europeu tem sido o argumento utilizado para o aumento da inflacção, mas o Movimento recorda que os preços já vinham a subir antes do conflito eclodir na Ucrânia, nomeadamente durante o surto da Covid-19.

«Assim se vê a quem aproveita a guerra e as sanções», lê-se no documento, onde se acrescenta que «estamos todos no mesmo mar, mas não vamos todos no mesmo barco», recordando os lucros obtidos por empresas como a Galp, Pingo Doce, Sonae e EDP. 

Neste sentido, o Movimento reivindica que, num momento de crise como aquele que atravessamos, os dividendos das grandes empresas sejam desviados para um fundo de emergência nacional com vista a responder ao aumento dos preços. 

«Travar o aumento do custo de vida é garantir condições de vida para a maioria, mas é também parar o roubo e o aproveitamento por parte dos mesmos de sempre», refere-se no manifesto.