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Aumento das taxas de juro leva lucros da banca para mil milhões

Os seis maiores bancos a operar em Portugal registaram lucros de 954,6 milhões de euros, ajudados pela subida das taxas de juro. PCP propõe que seja a banca a suportar esse custo e a aliviar as famílias.

Créditos / Idealista

No primeiro trimestre do ano, BCP, Santander, BPI, Montepio, Novo Banco e banco público (CGD) alcançaram um resultado líquido agregado de 954,6 milhões de euros no primeiro trimestre, tendo lucrado cerca de 10,7 milhões de euros por dia até Março, o que, comparando com o período homólogo, representa uma subida de 55%, segundo cálculos divulgados hoje pelo DN/Dinheiro Vivo.

Na segunda-feira, o BCP foi o último dos grandes bancos a apresentar resultados, tendo tido lucros de 215 milhões de euros, mais 90% face ao primeiro trimestre de 2022.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve lucros de 285 milhões de euros no primeiro trimestre, quase o dobro dos 146 milhões de euros dos primeiros três meses de 2022. A ajudar os lucros do banco público esteve a margem financeira consolidada, que mais do que duplicou para 611 milhões de euros.

Já o Novo Banco teve lucros de 148,4 milhões de euros entre Janeiro e Março, mais 4% face ao mesmo trimestre de 2022, tendo a margem financeira crescido 85% para 246,3 milhões de euros.

O Santander Totta teve lucros de 185,9 milhões de euros, mais 19,6%, com a margem financeira a crescer 38,1% para 267,7 milhões de euros, enquanto o BPI teve lucros consolidados de 85 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 75%, tendo a margem financeira subido 82% para 203 milhões de euros. O Montepio, o mais pequeno dos seis bancos, obteve lucros de 35,3 milhões de euros, bem acima dos 11,4 milhões obtidos até Março de 2022.

Os lucros dos bancos estão a ser beneficiados pelas altas taxas de juro nos empréstimos e a lenta subida das taxas de juro nos depósitos, o que tem beneficiado a margem financeira, já que esta é a diferença dos juros cobrados pelos bancos nos créditos e os juros pagos pelos bancos nos depósitos. 

O Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro directoras em meados de 2022, para alegadamente combater a inflação, mas a verdade é que o custo de vida não parou de aumentar, sem que houvesse, por parte do Governo, uma verdadeira valorização de salários e pensões para lhe fazer frente, com as consequências que se conhecem. De acordo com o barómetro anual da Deco Proteste, 74% das famílias assumiram ter enfrentado, mensalmente, problemas financeiros em 2022 e dificuldade em pagar despesas relacionadas com a alimentação, habitação e mobilidade. 

Outro aspecto a contribuir para o crescimento dos lucros da banca passa pela menutenção do corte de postos de trabalho. BCP, Novo Banco, Santander Totta, CGD e BPI chegaram ao final do primeiro trimestre deste ano com menos 510 trabalhadores. Em 31 de Março totalizavam 25 228 trabalhadores e 1868 balcões, contra 25 738 funcionários e 1959 agências no período homólogo. O banco público foi o que mais se destacou nesta sangria, tendo terminado o primeiro trimestre com menos 298 trabalhadores do que em Março do ano passado.


Com agência Lusa

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