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|França

Sindicatos franceses apelam à mobilização de todos no dia 18

No contexto da greve nas refinarias – que continua –, os sindicatos apelam à mobilização dos trabalhadores de todos os sectores de actividade, em defesa de aumentos salariais e do direito à greve.

Trabalhadores em greve na refinaria da TotalEnergies de La Mède (Bouches-du-Rhône), no dia 11 de Outubro de 2022 
Trabalhadores em greve na refinaria da TotalEnergies de La Mède (Bouches-du-Rhône), no dia 11 de Outubro de 2022 CréditosPatrick Gherdoussi / Libération

Os representantes da Confederação Geral do Trabalho (CGT) abandonaram, esta madrugada, a mesa de negociações com a petrolífera TotalEnergies, por considerarem que as propostas avançadas pela multinacional ficam longe das reivindicações dos trabalhadores.

Decidiram, assim, manter a greve iniciada há mais de duas semanas nas refinarias e depósitos da multinacional, em defesa da valorização dos salários e contra a perda de poder de compra, tendo em conta a inflação galopante e os «lucros monstruosos» que os grupos petrolíferos e o sector da energia têm estado a realizar.

No que respeita à outra empresa petrolífera onde os trabalhadores têm estado em greve, a filial francesa da norte-americana Esso-ExxonMobil, a imprensa aponta para o «regresso à normalidade», mas num contexto em que em o governo francês impôs a requisição de trabalhadores (são obrigados a ir trabalhar para evitar sanções penais).

Na terça-feira, quando foi imposta a requisição, a CGT denunciou de imediato a «resposta» à busca de negociações e declarou o apoio total aos trabalhadores em greve.

Neste contexto, CGT, Force Ouvirière, Solidaires e Federação Sindical Unitária (FSU) emitiram ontem um comunicado de apelo à mobilização de todos os trabalhadores, nos sectores público e privado, para dia 18 de Outubro – ao qual já aderiram sindicatos dos sectores ferroviário, do ensino e dos transportes.

«A mobilização está a alcançar cada vez mais camadas»

«Enquanto obtêm grandes lucros, as empresas da indústria petrolífera, em particular a Total e a Exxon, recusam-se a aceder às reivindicações dos trabalhadores que se mobilizam de forma massiva pela abertura imediata de negociações sérias», lê-se no comunicado emitido pelas organizações sindicais.

Sublinham que os trabalhadores reclamam a «recuperação da inflação», bem como «uma melhor repartição da riqueza criada» por eles, quando «as empresas pagaram milhares de milhões de euros em dividendos aos accionistas».

As estruturas sindicais deixam clara a rejeição da decisão do governo francês de avançar com as requisições de trabalhadores em greve. «Este procedimento, já condenado pela OIT [Organização Internacional do Trabalho], constitui um ataque inaceitável ao direito constitucional à greve e às liberdades fundamentais», denunciam.

Afirmam, além disso, que «a mobilização está a alcançar cada vez mais camadas, tanto no sector privado como no público», acrescentando que, com a acção das suas organizações sindicais, os trabalhadores estão a conseguir a abertura de novas negociações e avanços salariais significativos.

Neste sentido, fazem um apelo à mobilização de todos – também de jovens, desempregados e reformados – nas mobilizações de dia 18.

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