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No Peru houve um golpe de Estado, afirmam activistas argentinos

Membros da Misión de Solidaridad Internacional y Derechos Humanos divulgaram também, esta quarta-feira, uma lista de 25 pessoas – na sua maioria jovens e pobres – mortas na repressão dos protestos.

Em Buenos Aires, denunciou-se o golpe de Estado no Peru e a repressão das forças policiais e militares, a mando da direita 
Em Buenos Aires, denunciou-se o golpe de Estado no Peru e a repressão das forças policiais e militares, a mando da direita CréditosVictoria Egurza / Télam

Representantes de organismos de direitos humanos argentinos reunidos numa organização que já cumpriu missões na Colômbia, no Equador e na Bolívia qualificaram a crise surgida no Peru após a destituição do presidente Pedro Castillo como um «golpe de Estado» promovido pela direita, com a cumplicidade da presidente interina, a ex-vice-presidente Dina Boluarte, e reclamaram a libertação de Castillo.

A posição, indica a agência Télam, foi tornada pública esta quarta-feira num encontro que teve lugar na sede da Federação dos Trabalhadores da Imprensa (Fatpren) e do Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (Sipreba), no bairro de Congreso, no decorrer do qual se fizeram denúncias de violações dos direitos humanos no Peru.

Via Zoom, dois dirigentes camponeses rejeitaram a decisão do Parlamento de antecipar as eleições (para 2024), por considerarem que essa medida devia ser tomada depois de uma reforma constitucional que o presidente destituído promoveu, mas que foi «sabotada» sempre pelo Congresso.

Na ocasião, os membros da Misión de Solidaridad Internacional y DDHH divulgaram também uma lista com os nomes e apelidos de 25 pessoas – na sua maioria jovens e pobres – mortas como consequência da repressão exercida pelas forças policiais e militares sobre os protestos ocorridos no país andino desde 7 deste mês, quando o Parlamento destituiu Castillo, que foi enviado para a prisão por um período de pelo menos 18 meses, acusado rebelião e conspiração.

Entretanto, a Coordenadora Nacional de Direitos Humanos do Peru confirmou mais uma morte, de um jovem de 19 anos, esta quinta-feira, durante fortes confrontos com os militares peruanos na cidade de Huamanga, na região de Ayacucho.

Entre outros, falaram para a imprensa a deputada Laura Velasco (Frente de Todos), Gonzalo Armoa (representante da Frente Patria Grande) e Alejandro Rusconi, da Associação Americana de Juristas, refere a Télam.

A Misión de Solidaridad Internacional y DDHH (onde figuram também organizações sociais, políticas e sindicais) tornou-se mais conhecida a partir de Novembro de 2019, quando efectuou um périplo com vista a verificar denúncias de violações dos direitos humanos após o golpe de Estado na Bolívia contra Evo Morales.

Posteriormente, realizou visitas à Colômbia e ao Equador com o mesmo objectivo, num contexto de fortes protestos sociais que foram reprimidos pelas forças de segurança.

Nos planos deste grupo – foi anunciado – está a realização de uma missão ao Peru, embora não haja datas definidas e ainda falte ver o tipo de actividades que podem ser desenvolvidas, no caso de se manter o estado de excepção no país.

No final do encontro, foram exibidos vídeos com saudações solidárias para com o povo peruano, da parte de Nora Cortiñas, das Mães das Praças de Maio – Linha Fundadora, e do Prémio Nobel da paz Adolfo Pérez Esquivel, que denunciou que o «golpe de Estado contra Castillo foi promovido pelos Estados Unidos e pela direita, com a cumplicidade de Dina Boluarte», que assumiu o cargo depois de o Congresso ter declarado a destituição de Pedro Castillo.

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