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Eduardo Bolsonaro visitou um colonato na Cisjordânia ocupada

A diplomacia palestiniana denunciou, esta quinta-feira, a visita recente de um dos filhos do presidente brasileiro ao colonato israelita de Psagot como «flagrante violação do direito internacional».

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, visita um colonato e reúne-se com soldados israelitas (5 de Dezembro de 2019)
O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, visita um colonato e reúne-se com soldados israelitas (5 de Dezembro de 2019) Créditos / HispanTV

A visita de Eduardo Bolsonaro ao colonato de Psagot, na região central da Cisjordânia ocupada, ocorre depois de, no passado dia 18 de Novembro, a administração norte-americana ter declarado, pela voz do seu secretário de Estado, Mike Pompeo, que «a criação de colonatos civis israelitas na Cisjordânia não é, por si só, inconsistente com o direito internacional».

Em declarações à imprensa, Hanan Jarrar, responsável do Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros para as Américas e as Caraíbas, sublinhou que os colonatos israelitas são considerados «ilegais» e «ilegítimos» a nível internacional.

Neste sentido, classificou a visita do filho do mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro, a Psagot como uma «violação flagrante do direito internacional», bem como das resoluções aprovadas pelo Conselho de Segurança e a Assembleia Geral das Nações Unidas sobre esta matéria, informam a HispanTV e a PressTV.

O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros decidiu ainda convocar o embaixador brasileiro na Palestina, Francisco Mauro Brasil de Holanda, para lhe comunicar o desagrado do país com estes factos.

A diplomata afirmou que a atitude pro-israelita de Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo Rio de Janeiro, «não reflecte a imagem do Brasil, mas pode pôr em risco as relações bilaterais entre a Palestina e o Brasil», que Ramallah está interessada em manter.

Bolsonaro pai também muito pró-israelita

Em Novembro do ano passado, antes de ser eleito, Jair Bolsonaro disse ter a intenção de mudar a Embaixada do Brasil de Telavive para Jerusalém. No final de Março, o já presidente brasileiro, determinado a reforçar os laços com Benjamin Netanyahu e a cooperação nas áreas da segurança e da defesa, abriu uma representação diplomática em Jerusalém.

Na altura, o diário Haaretz informou que Netanyahu estaria disposto a avançar nessa cooperação a troco da mudança da embaixada brasileira para Jerusalém, que Bolsonaro deixou a pairar como possibilidade na visita oficial a Israel.

Actualmente, mais de 600 mil israelitas vivem em cerca de 230 colonatos nos territórios palestinianos da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, ocupados desde 1967, todos considerados ilegais à luz do direito internacional.

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