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China defende mais cooperação, inclusão e respeito pelas diferenças

Ao discursar esta quarta-feira em Joanesburgo, Xi Jinping instou o BRICS a defender o espírito de inclusão e a promover a coexistência, respeitando a escolha de cada país no caminho para a modernização.

Xi Jinping a intervir na XV Cimeira do BRICS, em Joanesburgo, a 23 de Agosto de 2023 
Xi Jinping a intervir na XV Cimeira do BRICS, em Joanesburgo, a 23 de Agosto de 2023 CréditosItumeleng English / iol.co.za

Durante a sua intervenção na XV Cimeira do bloco também integrado por África do Sul, Brasil, Índia e Rússia, o presidente chinês sublinhou, esta quarta-feira, que o conclave ocorre num momento em que mundo vive «turbulência e transformação».

«Está a passar por grandes mudanças, divisões e reagrupamentos, conduzindo a desenvolvimentos mais incertos, instáveis e imprevisíveis», disse Xi Jinping, citado pela Xinhua.

Neste contexto, valorizou o grupo BRICS como «uma força importante na configuração do cenário internacional». «Escolhemos os nossos caminhos de desenvolvimento de forma independente, defendemos conjuntamente o nosso direito ao desenvolvimento e marchamos em conjunto em direcção à modernização», disse, acrescentando que isto «terá um impacto profundo no processo de desenvolvimento do mundo».

Além do aprofundamento da cooperação mutuamente benéfica e do desenvolvimento, Xi Jinping destacou o facto de o bloco ter feito crescer «a voz e a influência dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento», bem como o facto de não ter sucumbido «a pressões externas» ou agido «como vassalos de outros».

Para o chefe de Estado chinês, «o desenvolvimento é um direito inalienável de todos os países e não um privilégio reservado a alguns», pelo que, em seu entender, o BRICS deve «aprofundar a cooperação empresarial e financeira, de modo a impulsionar o crescimento económico».

«Nós, países do BRICS, devemos ser companheiros na jornada de desenvolvimento e revitalização e opor-nos à dissociação e à interrupção das cadeias de abastecimento, bem como à coerção económica», afirmou.

«A mentalidade da Guerra Fria ainda assombra o nosso mundo»

Anunciando medidas que o seu país adoptará ao nível da cooperação, sobretudo nos âmbitos da ciência, educação, agricultura e ambiente, Xi Jinping fez a defesa de uma maior «cooperação política e de segurança para defender a paz e a tranquilidade».

«A mentalidade da Guerra Fria ainda assombra o nosso mundo», afirmou o presidente da China, sublinhando que «as tentativas de procurar a segurança absoluta à custa dos outros acabarão por ter resultados contraproducentes».

«As regras internacionais devem ser escritas e defendidas em conjunto por todos os países, com base nos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, em vez de serem ditadas por aqueles que têm músculos mais fortes ou a voz mais alta», defendeu Xi Jinping. «Unir-se para formar grupos exclusivos e apresentar as suas próprias regras como normas internacionais é ainda mais inaceitável», denunciou, citado pela Xinhua.

Neste sentido, referindo-se ao conflito na Ucrânia, considerou urgente «encorajar conversações de paz, promover a desescalada, pôr fim aos combates e concretizar a paz», acrescentando que «ninguém deveria atirar lenha para a fogueira para piorar a situação».

Grupo BRICS deve «praticar o verdadeiro multilateralismo»

«Os países do BRICS devem manter-se na direcção do desenvolvimento pacífico», defendeu Xi, que sugeriu um maior intercâmbio entre povos e promover a aprendizagem mútua entre civilizações. Neste contexto, insistiu que os países que integram o bloco «devem defender o espírito de inclusão, a coexistência pacífica e a harmonia entre civilizações, e promover o respeito de todos os países na escolha independente dos seus caminhos de modernização».

Os países do grupo BRICS devem «praticar o verdadeiro multilateralismo» e «defender o sistema internacional centrado nas Nações Unidas», aproveitando plenamente o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, disse o presidente chinês, que se congratulou com o «entusiasmo crescente dos países em desenvolvimento relativamente à cooperação do BRICS».

Neste contexto, referiu-se ao facto de que um grande número (mais de duas dezenas) solicitou a adesão ao mecanismo de cooperação do BRICS.

«Temos de agir de acordo com o espírito de abertura, inclusão e cooperação vantajosa do BRICS, para trazer mais países para a família BRICS, de modo a unir a nossa sabedoria e força e tornar a governação global mais justa e equitativa», disse.

A XV Cimeira de chefes de Estado e de governo do grupo BRICS, que termina hoje, tem estado a decorrer no Centro de Convenções de Sandton, em Joanesburgo, sob o lema «BRICS e África: Parceria para um Crescimento Mutuamente Acelerado, Desenvolvimento Sustentável e Multilateralismo Inclusivo».

Para hoje, estão previstos vários eventos paralelos, bem como a proclamação da Declaração de Joanesburgo, em que ficarão plasmados os acordos alcançados e as decisões tomadas ao longo da cimeira.

Novas adesões anunciadas

Entretanto, já esta manhã, o portal tvbrics.com anunciou que Argentina, Egipto, Etiópia, Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos se vão juntar ao BRICS. «A adesão plena dos novos países à organização terá início em 1 de Janeiro de 2024», revela a fonte.

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