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Dirigentes do grupo BRICS defendem uma maior integração financeira

No Fórum Empresarial do BRICS, os representantes dos cinco países que integram o bloco centraram os seus discursos no que consideram a via para reforçar os laços financeiros e económicos.

Representantes dos cinco países-membros do grupo BRICS 
Representantes dos cinco países-membros do grupo BRICS Créditos / tvbrics.com

No âmbito da XV Cimeira do BRICS, decorreu esta terça-feira, em Joanesburgo (África do Sul), o Fórum Empresarial dos países do BRICS, contando com a presença de chefes de Estado, membros de governo, empresários e delegados de vários países.

No final do Fórum, representantes políticos dos cinco países-membros do bloco – África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia – discursaram. O presidente russo, Vladimir Putin, interveio por videoconferência, enquanto Xi Jinping, que se encontra na África do Sul, se fez representar pelo ministro chinês do Comércio, Wang Wentao.

Na sua intervenção, o presidente do Brasil, Lula da Silva, defendeu a criação de uma moeda de referência do BRICS, mas que não substitua as divisas dos países-membros.

«Sou a favor da ideia de uma maior integração financeira, na qual possamos ter uma nova unidade de referência. O banco unificado deve ser um líder mundial no financiamento de projectos que resolvam os problemas mais urgentes do nosso tempo, diversificando as fontes de pagamentos em moedas locais», disse Lula.

O chefe de Estado brasileiro destacou ainda o crescimento das relações comerciais do seu país com o bloco, que, em seu entender deve ser uma força em prol de um comércio global mais justo, previsível, equitativo; e garantiu o interesse do Brasil no continente africano.

Maior investimento e cooperação

Por seu lado, o presidente russo, Vladimir Putin, destacou a importância das reuniões e fóruns celebrados no formato BRICS e BRICS+, que «desempenham um grande papel prático na promoção do comércio e investimento mútuos, aprofundando os laços de cooperação e expandindo o diálogo directo entre as comunidades empresariais», disse.

O dirigente russo destacou igualmente o crescimento económico dos países que integram o grupo, tendo afirmado que, «na última década, o investimento mútuo dos países-membros do BRICS aumentou seis vezes».

«Por sua vez, os seus investimentos na economia global como um todo duplicaram. As exportações agregadas atingiram 20% do valor global. Quanto à Rússia, o nosso volume de negócios com os parceiros do BRICS aumentou 40,5% e atingiu um recorde de mais de 230 mil milhões de dólares», afirmou o chefe de Estado do país euro-asiático.

Já o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, destacou o facto de as mudanças sofridas pelas economias do espaço BRICS nas últimas décadas terem contribuído, de forma decisiva, para transformar a configuração da economia mundial, indica a TeleSur.

Em seu entender, «o grupo de países do BRICS existe não apenas para fortalecer as relações intergovernamentais, mas também para reforçar os laços entre as pessoas» desses cinco países. Por isso, sublinhou a criação de vários órgãos que garantem a cooperação entre empresas, partidos políticos e sectores sociais e desportivos.

Ramaphosa afirmou a ideia de inclusão e, nesse sentido, defendeu a necessidade de «reformas fundamentais das instituições financeiras globais, para que possam ser mais flexíveis face aos desafios que as economias emergentes enfrentam».

«A hegemonia não está no ADN da China»

Ao intervir, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sublinhou o papel do Conselho Empresarial do BRICS no actual panorama geopolítico. Afirmando que a criação da aliança representou «um raio de esperança para a economia global», Modi referiu-se aos desafios económicos que o mundo enfrenta, nos dias de hoje, e como o papel dos países do BRICS está a crescer mais uma vez».

O discurso do presidente chinês, Xi Jinping, foi proferido pelo ministro do Comércio da China, Wang Wentao. Nele, o chefe de Estado destacou o 10.º aniversário do Conselho Empresarial do BRICS. «Desde então, o conselho permaneceu fiel à sua missão principal, aproveitando oportunidades para aprofundar a cooperação, promovendo o desenvolvimento económico e social dos países do BRICS e ajudando a sustentar o crescimento económico global», defendeu Xi pela voz do seu ministro.

«A China trabalhará com outros países para aprofundar ainda mais a cooperação na iniciativa de desenvolvimento global, promover o desenvolvimento global, reformar a Organização Mundial do Comércio e resolver conjuntamente problemas comuns, melhorando a vida das pessoas em todo o mundo», sublinhou o representante chinês.

«A hegemonia não está no ADN da China», destacou Xi, que fez questão de deixar claro que o seu país não está empenhado numa «competição entre grandes potências», «mas permanece firmemente no lado certo da história», em prol dos «interesses comuns dos países emergentes», refere a Xinhua.

Com a celebração do Fórum Empresarial, esta terça-feira, teve início a XV Cimeira de chefes de Estado e de governo do grupo BRICS, que se prolonga até amanhã, dia 24, no Centro de Convenções de Sandton, em Joanesburgo, com o lema ««BRICS e África: Parceria para um Crescimento Mutuamente Acelerado, Desenvolvimento Sustentável e Multilateralismo Inclusivo».

As decisões tomadas e os acordos alcançados ao longo da cimeira, em que participam dezenas de chefes de Estado, irão integrar a chamada Declaração de Joanesburgo.

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