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Membros da Organização para a Cooperação de Xangai reafirmam aposta na paz

Ao analisarem, em Astana, a complexa situação internacional, os ministros dos Negócios Estrangeiros da OCX reafirmaram o combate ao terrorismo e ao extremismo, e a defesa da estabilidade regional.

O Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da OCX celebrou-se esta terça-feira Créditos / eng.sectsco.org

Reunidos esta terça-feira na capital do Cazaquistão, os chefes da diplomacia dos nove países que integram a Organização para a Cooperação de Xangai (OCX) destacaram o papel assumido pelo bloco na dinamização de actividades e iniciativas que permitiram levar «segurança, estabilidade, prosperidade e bem-estar aos seus povos».

No encontro, foi igualmente sublinhada a «influência crescente» da OCX na política internacional e o papel que desempenha nas «complexas condições geopolíticas actuais», refere uma nota emitida pelo organismo.

Questões como o reforço da cooperação no seio do bloco regional foram discutidas pelos diplomatas, nomeadamente nas áreas da protecção ambiental, dos intercâmbios culturais, dos transportes e da segurança, a nível alimentar, energético e económico.

No encontro de Astana participaram diplomatas dos nove países-membros da OCX / eng.sectsco.org

Os altos representantes do bloco, que abrange uma enorme área do planeta e inclui uma parte substancial da população mundial, concordaram em reforçar o combate ao terrorismo, ao separatismo e ao extremismo, bem como ao tráfico de droga e ao cibercrime, no sentido de manter a estabilidade e a paz.

Concordaram igualmente quanto à defesa da resolução das «questões quentes» por vias políticas e diplomáticas, à defesa do respeito pela soberania e a integridade territorial de todos os países, e da autoridade da Carta das Nações Unidas, opondo-se ao unilateralismo e promovendo a multipolaridade, indica a Xinhua.

Outros aspectos destacados na agenda deste Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros foram a preparação da Cimeira de Astana da OCX, que terá lugar a 3 e 4 de Julho deste ano, e o alargamento do bloco, tendo ficado estabelecido que a Bielorrúsia – um dos estados que actualmente detêm o estatuto de observador – passará então a fazer parte do organismo.

A iniciar a reunião, que foi dirigida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros cazaque, Murat Nurtleu, foi respeitado um minuto de silêncio em honra do presidente do Irão, Ebrahim Raisi, do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, e outras pessoas que perderam a vida num acidente de helicóptero recente.

A abrir os trabalhos, foi respeitado um minuto de silêncio em honra do presidente iraniano e demais membros da delegação que com ele seguia / eng.sectsco.org

Participaram nos trabalhos os ministros dos Negócios Estrangeiros de Cazaquistão, Rússia, China, Quirguistão, Uzbequistão, Paquistão e Tajisquistão, os vice-ministros dos Negócios Estrangeiros da Índia e do Irão, e o secretário-geral da organização, Zhang Ming.

Integração da Bielorrússia quase concluída

A Bielorrússia, cujo processo de integração como estado-membro está praticamente concluído, na sequência do memorando firmado na Cimeira da OCX de Nova Déli, em 2023, fez-se representar por Serguei Alienik, ministro dos Negócios Estrangeiros.

Em declarações à imprensa, no decorrer da intensa actividade diplomática que precedeu o encontro, na segunda-feira, Aleinik disse que o seu país se esforça por se destacar activamente em todas as dimensões do trabalho da organização: político-diplomática, comercial-económica e cultural-humanitária.

Sublinhou ainda que a Bielorrússia colocará à disposição dos seus parceiros o seu potencial industrial e científico, bem como a experiência acumulada na manutenção da diplomacia multilateral.

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