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Teijin: Patronato não aguenta 5 dias de greve e fecha acordo com os trabalhadores

«É crucial que todos os trabalhadores tenham presente na sua memória a forma como este processo negocial decorreu», defendem as comissões sindicais da CGTP-IN. Antes do fim da greve, patrões aceitam aumentar salários.

Trabalhadores da Teijin, em Leça do Balia, em greve. 8 de Maio de 2025 
Créditos / União dos Sindicatos do Porto

«Podemos hoje afirmar, com toda a confiança, que quem luta sempre alcança». Os trabalhadores da TEIJIN Automative Technologies, criada em 2001 (resultado de uma fusão de cinco empresas), não chegaram a cumprir todos os dias de greve parcial agendados até 15 de Maio. No dia 12, as comissões dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) e do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) alcançaram um acordo que garante aumentos salariais com retroactivos a Janeiro.

Em comunicado conjunto, estes sindicatos (que representam os trabalhadores nas fábricas da Teijin na Autoeuropa e em Leça do Balio) anunciaram um «aumento salarial de dois por cento, com um mínimo de 65 euros», e um novo subsídio de alimentação no valor de 10,20 euros (tal como era exigido desde o início do processo reivindicativo). «Em ambos os casos, a actualização tem efeitos retroactivos a Janeiro, com reflexo nas folhas de remunerações do final do mês de Maio».

Lamentando que, mais uma vez, tenha sido necessário recorrer às greves para que a empresa «mostrasse disponibilidade em encontrar uma solução que satisfizesse as nossas justas reivindicações», o SITE Norte e o SITE Sul salientam o facto de ser «crucial que todos os trabalhadores tenham presente na sua memória a forma como este processo negocial decorreu».

»Nas lutas de amanhã, lembremos como correram as de ontem e as de hoje», afirmam. Como este acordo demonstra, o patronato sempre teve condições para aplicar aumentos – «nunca nada nos é dado. Somos nós, os trabalhadores, que conquistamos tudo». É a quarta empresa no Parque Industrial da Autoeuropa a alcançar vitórias no último mês.

As greves entre 13 e 15 de Maio e a todo o trabalho extraordinário foram desconvocadas.

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