Ao fim de nove rondas negociais, a REN (já sem nenhum capital público) apresentou, finalmente, uma contra-proposta às reivindicações dos trabalhadores. Em comunicado enviado ao AbrilAbril, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) considera que a empresa «deu passos importantes na aproximação às nossas propostas», o que permitiu chegar a um acordo.
Ainda que os valores estejam muito aquém das capacidades da REN, que tem alcançado repetidos resultados financeiros positivos, foi possível «reforçar funções críticas (turnos e disponibilidade), actualização de subsídios e benefícios» e assegurar uma «recuperação parcial do poder de compra», refere a federação sindical. É apenas uma fracção da compensação merecida pelo «esforço e dedicação dos trabalhadores», afirma a Fiequimetal.
As tabelas salariais (quadros superiores, técnicos operacionais e administrativos) serão, com efeito a Janeiro de 2025, alvo de aumentos de 3,2%, com um valor mínimo de 60 euros. Os trabalhadores fora destas tabelas vão ter um aumento de 2,4%. Também os subsídios de alimentação; Tectos dos turnos; Tectos do valor hora de disponibilidade e Prémios de antiguidade e de 25 anos vão ser valorizados em 3,5%.
O subsídio de alimentação, por exemplo, passa agora aos 13,86 euros na REN, um valor que será ainda superior para os trabalhadores que recebam uma majoração neste subsídio: de 20 para 25%. As ajudas de custo, com efeitos a 1 de Julho, terão um aumento de 3,5%.
Estas condições, «em conjunto com o compromisso por parte da empresa em trabalhar na uniformização nas matérias do Acordo Colectivo de Trabalho, sem prejudicar os trabalhadores ou colocar em causa os direitos dos mesmos», permitiram à Fiequimetal dar por encerrado o processo negocial de 2025.
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