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Continua a luta na Teijin por aumentos «dignos e justos»

Mesmo após a greve de Abril e o regresso às negociações, a empresa continuou a «desvalorizar» as propostas dos trabalhadores, mantendo uma «postura de imposição», denuncia o SITE Sul/CGTP. A luta continua.

Trabalhadores da Teijin na Autoeuropa em greve, convocada pelo SITE Sul/CGTP-IN. Palmela, 16 de Abril de 2025 
Créditos / SITE Sul

Depois da greve parcial, no dia 16 de Abril, e do fracasso das negocações com a empresa TEIJIN Automative Technologies, criada em 2001 (resultado de uma fusão de cinco empresas) e com unidades de produção em Leça do Balio e na Autoeuropa, os trabalhadores decidiram prosseguir com a luta por melhores salários e condições laborais. Neste sentido, os sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) e do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) convocaram greves parciais nos turnos dos dias 8, 9, 10, 12, 13, 14 e 15 de Maio.

Na Autoeuropa, os trabalhadores vão fazer greves de quatro horas por turnos, de manhã, à tarde e à noite, nos dias 8, 9, 12, 13 e 14 de Maio. Em Leça do Balio, a greve parcial de quatro horas incide sobre os horários da manhã, tarde e noite dos dias 8, 9, 10, 12, 13, 14 e 15 de Maio.

O processo negocial falhado foi discutido pelos trabalhadores em plenários realizados nas duas fábricas de empresa, tendo sido consensual a necessidade de voltar às greves para defender «o aumento do salário base», que «constitui a principal forma de enfrentar o agravamento do custo de vida e a perda de poder de compra, que se reflecte na degradação das condições de subsistência dos trabalhadores e das suas famílias».

Os trabalhadores consideram ainda ser «imprescindível» a actualização dos subsídios de alimentação e de transporte, «na medida em que constitui mais uma forma de minimizar o impacto do crescente custo de bens essenciais, como a alimentação e o combustível». A proposta é a de aumentar esses valores para 10,20 euros e 3,60 euros, respectivamente. É ainda reivindicada a aplicação de uma jornada semanal de 35 horas.

Estas greves são expressão do «descontentamento para com a postura da administração e exigem respostas sérias às suas reivindicações por melhores salários e condições», refere a nota do SITE Sul.

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