As conclusões são do conselho nacional da CGTP-IN, reunido esta quinta-feira, onde a central sindical sublinha que a situação dos trabalhadores continua marcada pela crise criada pela pandemia, «pelo desemprego crescente, cortes salariais, pobreza e crescentes dificuldades».
Situação que reflecte as «fragilidades» criadas por «décadas de política de direita», incluindo o desinvestimento na Saúde, na Educação e na Segurança Social, refere a CGTP-IN, acrescentando que, neste contexto, os sectores privados da saúde «ganham terreno», em detrimento do reforço dos serviços públicos.
Para a Intersindical, as medidas avançadas pelo Governo caracterizam-se «por um profundo desequilíbrio a favor do capital», porque permitem que as grandes empresas instrumentalizem a situação para «intensificar a exploração».
O ataque às condições de trabalho desenvolve-se no plano da segurança e saúde dos trabalhadores e no plano dos direitos e remunerações, acompanhados de tentativas de limitar a liberdade sindical, refere a central sindical.
Por outro lado, a CGTP-IN afirma que cada vez são mais as empresas que, «impunemente», continuam a «descartar» trabalhadores com vínculos precários, seguindo o exemplo do próprio Governo.
Muitas outras empresas, tendo beneficiado de medidas de apoio como o lay-off simplificado, não garantem os postos de trabalho e, passado o período de carência determinado pela medida, avançaram com despedimentos colectivos, denuncia a Intersindical.
Valorizando as muitas lutas que foram travadas e que estão em curso, o conselho nacional da CGTP-IN afirma que se mantêm actuais as reivindicações de aumento geral dos salários, de redução dos horários de trabalho e de incremento da produção nacional.
Neste sentido, a CGTP-IN convoca uma semana de luta «em todos os sectores», de 7 a 11 de Dezembro, sob o lema «Proteger os trabalhadores! Aumentar salários! Garantir direitos!».
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