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É preciso cuidar de quem cuida: trabalhadores das Misericórdias em greve no dia 15

Através dos Acordos de Cooperação do Governo com as Misericórdias, o Estado tem financiado estas instituições para que assumam «as funções que o próprio deveria cumprir». Salários é que ficam na mesma: muito baixos.

CréditosLuis Ruivo / LUSA

Em 2024, os acordos de cooperação assinados entre o Governo e as Misericórdias tiveram um reforço de 123 milhões de euros (para que estas instituições assumissem «as funções que o próprio deveria cumprir», ressalva a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN). Em 2023, esses acordos já tinham sido alvo de uma actualização de 7 a 8%. Só que nenhuma destas actualizações, de centenas de milhões, se reflectiu nos baixos salários dos trabalhadores.

Recentemente, as Misericórdias apresentaram uma proposta de actualização salarial, em negociações com os sindicatos, que resultaria em aumentos entre 2 e 5 euros mensais, «num completo desrespeito pelos trabalhadores e pela dignidade da pessoa humana».

Depois de, em 2023, a FNSTFPS ter sido obrigada a exigir a intervenção do Ministério do Trabalho, perante a total indiponibilidade, por parte das Misericórdias, em discutir as exigências dos trabalhadores, estas estruturas voltaram a inventar desculpas para evitar ter de aumentar salários. A proposta de aumentos salariais de 150 euros (ou de 15% para todos trabalhadores) caiu em saco roto.

As Misericórdia, tendo plena consciência de todo o dinheiro amealhado à conta do Estado nos últimos anos, alega a «inviabilidade de proceder a qualquer actualização relativa a 2023, ainda que relativamente a 2024 se comprometessem a a apresentar uma proposta, o que não fizeram até agora».

Os trabalhadores das Misericórdias vão estar em greve, convocada pela FNSTFPS, no próximo dia 15 de Março, para exigirem salários justos e dignos, melhores condições de trabalho e a integração na esfera do Estado. Em vários concelhos, os trabalhadores vão realizar concentrações à porta das instituições, como é o caso, às 10h, da acção em frente à Santa Casa da Misericórdia em Nisa.

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