Desde o início da semana, 24 de Julho, trabalhadores e activistas do Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP) já foram alvo de convocatórias ilegais das forças de segurança para expulsar e intimidar todos os que estivessem a exercer os seus direitos constitucionais. À falta de argumentos (e razão), o patronato recorre à subverção dos objectivos das forças polícias, criando despeda no erário público para acudir a falsas necessidades.
As duas instituições em causa (a Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde e o Hotel InterContinental Porto) foram notícia ainda este mês, por tentativas análogas de boicotar e atacar o trabalho sindical lá realizado: no vencimento de Maio, os trabalhadores afectos à CGTP na Misericórdia de Vila Verde receberam cortes no vencimento, enquanto a unidade hoteleira do Porto tentou proibir o SHN de realizar uma reunião sindical nas suas instalações.
As tentativas de intimidação saíram goradas. A GNR, chamada ao local pelo provedor Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde para expulsar a mais de meia centena de trabalhadores em greve (24 de Julho), não «se deixou usar», destaca o SHN, em informação enviada ao AbrilAbril.
«A manifestação manteve-se» e os trabalhadores aprovaram uma moção onde são defendidos «aumentos salariais dignos e justos para todos», a contagem da antiguidade e pagamento das diuturnidades em falta, a reposição dos salários e categorias retiradas, o pagamento dos prémios sem quaisquer discriminações e a classificação profissional dos trabalhadores de acordo com as funções exercidas.
Hoje, a direcção do Hotel InterContinental Porto não se saiu melhor. Nem chamando a PSP «para expulsar à força os sindicalistas que se encontravam à porta a distribuir comunicados aos clientes», conseguiram «intimidar» os trabalhadores, que «prosseguiram a sua actividade até ao seu termo».
A intenção desta unidade hoteleira, de cinco estrelas, de impedir a realização de uma reunião sindical (como está prevista da Lei portuguesa) não correu melhor. As denúncias públicas do SHN/CGTP e a convocatória de uma reunião para outro dia, ignorando a tentativa de repressão patronal, com «a presença da ACT», intimidaram (agora sim) a direcção do hotel, que recuou e permitiu a realização do encontro sindical nas suas instalações.
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