baixos salários

Têm estado na frente do combate ao novo coronavírus, mas a larga maioria recebe apenas o salário mínimo nacional. Esta segunda-feira, primeiro de dois dias de greve, vão protestar junto ao Parlamento.

Quase 60% portugueses fica com menos de 20% de rendimento após pagar contas, revelou um estudo da Intrum, realizado entre Agosto e Outubro.

A greve nacional de trabalhadores das cantinas escolares é motivada pela precariedade generalizada no sector, que se agravou este ano lectivo com a aplicação de contratos a termo incerto.

A Uniself fez contratos a termo incerto a todos os trabalhadores, este ano, para os poder despedir a qualquer momento, e não contratou todos os que trabalharam no ano lectivo anterior.

O AbrilAbril publica a segunda conversa com um dirigente sindical a poucos dias das eleições regionais nos Açores, onde a precariedade, pobreza e luta fazem o quotidiano de muitos trabalhadores.

As baixas reformas levam mais de metade dos portugueses a querer «poupar» para a aposentação, ainda que não tenham condições financeiras para o fazer devido aos baixos salários.

Com as novas normas da DGS, os trabalhadores vêem-se confrontados com novas tarefas e processos mais demorados, mas as empresas concessionárias não estão a contratar mais funcionários.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo salienta que a falta de uma rede pública de lares e casas de acolhimento, associada aos baixos salários, coloca «reais dificuldades» às famílias.

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) justifica a redução do número de candidatos à PSP nas últimas duas décadas com os baixos salários e a falta de uma perspectiva de carreira.

Um em cada três açorianos está em risco de pobreza, o equivalente a 89 mil pessoas, e a estratégia de combate à pobreza e exclusão social do Governo Regional não resolve o problema.

Esta terça-feira, em Matosinhos, os trabalhadores das cantinas escolares estarão em protesto contra a precariedade dos seus vínculos laborais, anunciou a Fesaht.

Os dados publicados pelo Eurostat mostram que 28,5% da população na UE não conseguia pagar uma semana de férias fora de suas casas em 2019. Portugal está bem acima da média.

«A luta é o caminho» para «fazer valer» a exigência de emprego estável, erradicação da precariedade, fim dos baixos salários e reversão dos despedimentos que foram levados a cabo a pretexto da Covid-19.

«A alimentação é a coisa que mais dói, ter de trabalhar com fome carregando comida nas costas», afirma um dos distribuidores de comida ao domicílio. Exigem apoios, melhores condições, menos precariedade.

O Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) confirma que o surto epidémico não atinge todos por igual e que os mais afectados têm menos recursos financeiros e menos escolaridade.

O AbrilAbril falou com enfermeiros e auxiliares para conhecer as dificuldades agravadas pelo surto epidémico da Covid-19, que põe em evidência a necessidade de reforçar o SNS e de valorizar os seus profissionais.

A Frente Comum denuncia que alguns trabalhadores estão a ser confrontados com diminuições nos seus salários devido à retenção do IRS, após aumento que teve lugar depois de mais de dez anos de congelamento.